Migração total do 2G exige smartphones mais baratos
As operadoras estão festejando o fato de os acessos em 4G terem ultrapassado os em 3G conforme os números de outubro deste 2017. Mas o setor já coloca como uma das prioridades para 2018 discutir como garantir a migração de 36 milhões de acessos que ainda usam o 2G. Para as empresas, a grande barreira é o preço dos aparelhos.
“O 2G vem caindo vertiginosamente, mas ainda conta com uma base residual que precisamos entrar uma forma de zerar, se possível. O maior obstáculo é ainda o preço do smartphone. Um trabalho de sensibilidade do setor tributário brasileiro pode ajudar em uma maior inclusão digital para aqueles que ainda têm dificuldade de comprar um smartphone”, afirmou o presidente do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, ao fazer um balanço do setor nesta terça, 5/12.
Como ilustrou, o aparelho, que pode custar por volta de R$ 1 mil, tem custo muito superior ao serviço prestado, o que chega a ser um contrassenso do mercado. Mas os preços, como insistiu, estão ligados à carga tributária sobre esse tipo de produto.
“Nosso carro-chefe é o serviço celular. Mas ele tem uma contradição absurda. Quem entra na festa não paga nada, é boca-livre. Mas custa R$ 1 mil para entrar na festa. O serviço vem caindo de preço, é acessível. Mérito da redução de custos das empresas. Mas o preço do smartphone tem que cair. Temos que convencer o governo deixar entrar no serviço essas pessoas. É um serviço continuado. O smartphone é só um começo. É o instrumento para a prestação de um serviço que é concessão do Estado”, insistiu Levy.