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Telecom

Mineiras North Telecom e Kater Telecom se unem por redes em áreas remotas no Brasil

Com estratégias distintas - a North atua para operadoras e ISPs- e a Kater, para B2B e Governo - empresas somam mais de 8 mil km de rede própria na região Sudeste, Brasília, Goiania e Salvador.

Os mercados são distintos, mas complementares na estratégia de levar redes e serviços para lugares sem atendimento do  mercado tradicional. Assim aconteceu a fusão das mineiras North Telecom, voltada para longa distância e atendimento para operadoras e provedoras Internet, e Kater Telecom, com atendimento voltado ao B2B e governo na região metropolitana de Belo Horizonte. No total, as duas somam 8 mil quilômetros de rede própria e sempre com uma direção: construir rede onde ela não existe.

“A história da North Telecom começou em Conceição do Mato Dentro, a quase 200 km de Belo Horizonte, para atender a Anglo American. Nós construímos uma rede de fibra para ligar o centro da cidade à mina da Anglo e coemçamos o negócio. Toda a nossa estratégia se baseia em levar rede onde não tem. Isso nos deu um diferencial que nos permite fazer acordo de swap com as grandes operadoras, Vivo, Claro e TIM e termos a Vero e a American Tower como clientes e parceiras”, detalha o diretor comercial das empresas, Paulo Braick.

Pelo menos por agora, as duas empresas – North Telecom e Kater Telecom – vão manter as suas marcas. “A integração sempre causa desconforto e temos exemplos de mudança de marca que afastou o cliente. Pode ser que mais à frente, a gente pense em mudar, mas, agora, as empresas seguem como estão”, detalha Braick, que não quis revelar os valores envolvidos na fusão. As empresas são de dois empresários mineiros e não têm investimento de fundos privados.

O plano é chegar a 10 mil km de rede própria até o final do ano. O diretor comercial, Paulo Braick, revela que o tradicional seria construir fibra pela rodvia principal – como é a BR 381 quando se pensa em Vitória, no Espírito Santo. Porém, a estratégia da North é outra: a rede está passando pelas cidades pequenas ao longo da rodovia principal, sem atendimento ainda das teles. “As redes das operadoras na BR 381 são usadas para proteção e as teles usam as nossas também. Esse é o caminho para se ter cobertura. E assim atuamos em todas as nossas rotas. Buscamos sempre as cidades pequenas e sem rede”, reforça.

Indagado sobre fusões e aquisições, Paulo Braick lembra que ela já acontece há algum tempo, mas, agora, chegou aos grandes provedores. “Elas vão continuar. Nós mesmos estamos sempre atentos ao mercado para novas aquisições que venham complementar a nossa estratégia”, diz. Sobre o 5G, o diretor comercial da North e da Kater diz que é uma oportunidade para quem tem rede fora dos grandes centros. 


“Nós fazemos interligação 5G para Vivo e para TIM. Nós entregamos conexão para eles onde eles não têm rede. Nós chegamos onde as grandes teles não querem chegar por uma série de razões. Nós chegamos em cidades e áreas rurais sem qualquer infraestrutura e sem poste. E esse é o nosso negócio e temos muito por avançar”, completa Braick. 

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