Telecom

Minicom: “Queremos o 5G standalone, que é o 5G de verdade, não um 4G plus”

O Ministério das Comunicações parece ter colocado uma pá-de-cal nas pretensões de quem defende uma versão incompleta do 5G para o Brasil. Em relato sobre a viagem à Europa e Ásia para encontrar fabricantes, o ministro Fabio Faria destacou que, para a pasta, a exigência deve ser o 5G standalone, conforme o release 16 do 3GPP. Ou, como disse, o 5G de verdade, não um 4G plus. 

“A nossa ideia é realmente implementar o 5G standalone, que é o 5G de verdade, para que a gente possa acolher toda a tecnologia que pode nos dar para desenvolver o nosso país. O 5G non-standalone é como se fosse um 4G plus. Essa nova ferramenta que vai trazer novas empresas, novas tecnologias, novas profissões e vai ajudar muito as empresas a fornecer a internet das coisas”,  destacou o ministro em nota divulgada nesta sexta-feira, 12/02, pela pasta.

A proposta de edital apresentada pelo relator no Conselho Diretor da Anatel, Carlos Baigorri, prevê que os compromissos de cobertura associados à venda de frequências devem se dar com base no release 16 do 3GPP, o grupo global de empresas para a padronização das tecnologias móveis. Essa posição já tem apoio de outros dois conselheiros, Moisés Moreira e Vicente Aquino, mas uma decisão foi adiada por pedido de vista do presidente da agência, Leonardo Morais, que indicou um voto divergente, sem tal obrigação. 

Desde que o voto do relator foi apresentado, em 1º de fevereiro, o próprio mercado demonstrou divergências sobre esse ponto, com Vivo e Claro trabalhando para derrubar a exigência do 5G pleno, enquanto TIM, pequenos prestadores e operadoras regionais alinharam-se à proposta de Baigorri. Agora, o governo esclarece que também prefere esse caminho. 


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