Telecom

Oi reduz prejuízo no 1º trimestre, mas só espera operar no ‘azul’ em 2023

Em transição para o que chama de ‘novo modelo operacional’, a Oi projeta ainda dois anos de ajustes, 2021 e 2022, até poder operar definitivamente no plano de se tornar uma empresa centrada em conectividade e serviços digitais. Até lá, deverão estar concluídas as vendas da operação móvel e a transferência da rede de fibras para a InfraCo, que concentram também os custos atuais. E, com isso, a ‘Nova Oi’ deve voltar a ter receitas maiores que as despesas. 

“Este ano é de preparação. O ano que vem será de transição. E em 2023 esperamos entrar com uma geração de fluxo de caixa positivo. A partir de 2023, a tendência será ainda mais positiva, porque a maioria dos investimentos de Capex já começarão em 2022, mas em 2023 já estarão em modo mais acelerado fora da empresa. Prevemos então estabilidade em 2023, até um nível de geração de Ebitda acima de 20% e Capex abaixo de 10%, gerando um Ebitda menos Capex que seja positivo”, afirmou o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, ao apresentar nesta quinta, 13/5, os resultados da empresa no primeiro trimestre. 

Entre janeiro e março deste 2021, a empresa teve prejuízo de R$ 3,5 bilhões, valor 44% menor que as perdas de R$ 6,2 bilhões registradas um ano antes. As receitas líquidas caíram 6,2% sobre o primeiro trimestre de 2020 e 6,8% sobre os três meses anteriores, chegando a 4,4 bilhões. Esse desempenho, aponta a Oi, sofreu impacto da pandemia e a redução dos negócios no mercado corporativo, além de queda no segmento pré-pago da telefonia móvel, com a falta do auxílio emergencial no bolso da população. 

“No B2B, a receita corporativa foi impactada pela pandemia, especialmente em governo. No segmento móvel, a segunda onda de Covid-19 teve impacto no pré-pago, com queda pelo atraso do auxílio emergencial. Mas já com alguns sinal de recuperação com o retorno dos auxílios governamentais”, apontou Abreu. 

Fibra


A empresa festejou os resultados baseados nas conexões por fibra óptica, justamente o foco da ‘Nova Oi’. A receita de fibra alcançou R$ 592 milhões no primeiro trimestre, sendo R$ 560 milhões de clientes residenciais, o que significa praticamente o triplo dos R$ 205 milhões do mesmo período em 2020. “As receitas de fibra no 1T21 já representam 42,7% do total de receitas do segmento, comparado a 14,8% do total no 1T20”, anotou a Oi nos resultados do trimestre.

A Oi terminou o trimestre com 10,5 milhões de casas passadas, com 2,4 milhões delas conectadas. E como resultado a empresa bateu um marco significativo: pela primeira vez, a base de clientes de banda larga com fibra [2,29 milhões] ultrapassou os usuários de cobre [1,86 milhão]. 

Na telefonia celular, o primeiro trimestre terminou 38,5 milhões de acessos ativos, um aumento de 5,2%. Considerando os com 35,4 milhões de acessos em mobilidade pessoal (sem B2B), a alta foi de 4,3% em 12 meses – 1,4 milhão de adições líquidas, puxadas pelo pós pago (+2,1 milhões). Já o serviço de TV paga por DTH teve queda de 13,3%, para 1,1 milhão de acessos. 

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