Oi registra prejuízo líquido de R$ 1,355 bilhão no 3º trimestre
Em recuperação judicial, a Oi registrou prejuízo líquido de 1,335 bilhão de reais no terceiro trimestre, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 14/11. A receita líquida totalizou R$ 5.431 milhões, redução de 8,2% na comparação anual e de 1,1% na comparação trimestral. Segundo a Oi, a comparação anual está impactada principalmente pelo reajuste de tarifas ocorrido em Julho de 2017, com reflexo nos segmentos residencial, mobilidade pessoal e pequenas empresas.
Ainda segundo a Oi, a comparação sequencial mostra uma melhoria de tendência, com desaceleração de queda, principalmente em função da boa performance da mobilidade, que apresentou o maior crescimento sequencial de receita líquida de clientes do mercado. A operadora diz ainda que o EBITDA segue em linha com a recuperação judicial e totalizou R$ 1,45 bilhão no 3T18, com margem EBITDA de rotina de 26,8%.
A operadora destaca, porém, que mesmo antes de fazer o aumento de capital de R$ 4 bilhões, ampliou a abordagem do reuso de rede para a massificação da fibra alavanca estratégia estruturante para crescimento da banda larga de alta velocidade e está apostando no refarming para a expansão da cobertura 4G.
Os três segmentos (Residencial, Mobilidade Pessoal e B2B) da Oi foram impactados pela queda do tráfego de voz e pela queda das receitas de interconexão, devido ao corte das tarifas reguladas de interconexão (VU-M, TU-RL e TU-RIU) e de ligações fixo-móvel (VC). Por outro lado, a receita de dados do segmento de Mobilidade Pessoal e a receita de TV Paga do Residencial segue crescendo, compensando, segundo a Oi, parcialmente os impactos da queda de voz.
No final do 3T18, a Oi possuía cobertura 2G em 3.407 municípios (correspondendo a 93% da população urbana do país). No mesmo período, a cobertura 3G abrangia 1.631 munícipios (+8,6% versus 3T17) ou 81,6% da população urbana brasileira. No trimestre, o acesso 4G LTE alcançou 836 municípios, aumento de 183% em relação ao 3T17, representando 74% da população urbana brasileira, +11,0 p.p. em relação ao 3T17. A Companhia está acelerando a estratégia do refarming da faixa de frequência de 1.8Ghz e, futuramente de 2,1Ghz, para a expansão da cobertura do 4G e 4,5G.
A Oi encerrou setembro com 58,832 milhões de unidades geradoras de receita, uma redução de 6,5%. As UGRs residenciais caíram 5,9%, totalizando 15,173 milhões. Desse total, 5,016 milhões eram de acessos de banda larga fixa (queda de 3,7%), 8,578 milhões de telefone fixo (redução de 9,4%) e 1,579 milhão de TV paga (aumento de 9%). A ARPU residencial caiu 1,2% e ficou em R$ 80,2.
O segmento de mobilidade pessoal caiu 8% e ficou em 36,454 milhões de acessos. Nesse segmento, 29,099 milhões eram de pré-pagos (redução de 11,3%), e 7,355 milhões de pós-pagos (aumento de 7,8%).Já o B2B ficou praticamente estável (aumento de 0,3%), com 6,565 milhões de UGRs. Além disso, a companhia encerrou setembro com apenas um telefone público a menos do que em 2017, totalizando 640 UGRs.