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OpenRAN Brasil busca pesquisadores em testbed, redes por software e orquestração

A RNP e o CPqD abriram uma primeira chamada pública do programa OpenRAN Brasil, destinada a pesquisadores vinculados a qualquer instituição de ensino, sejam elas públicas ou privadas. O objetivo é selecionar grupos de trabalho para cooperar no desenvolvimento da plataforma de testes de Open RAN, com injeção de recursos de R$ 150 mil para cada GT, para 12 meses de trabalho. 

“O objetivo desta chamada é selecionar Grupos de Trabalho (GTs) para colaborar na adição e na evolução de funcionalidades e tecnologias do testbed OpenRAN@Brasil. Para isso, pretendemos contar com diferentes expertises e experiências da área acadêmica que vão agregar ao programa”, diz a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP, Iara Machado.

Em resposta à chamada, os proponentes deverão submeter propostas aderentes com os interesses presentes no texto. Após a seleção, a execução dos projetos terá a duração de 12 meses. Para se candidatar, cada grupo deve contemplar, em sua proposta, ao menos um dos tópicos de interesse definidos no edital. Todos integram a base tecnológica do programa OpenRAN@Brasil.

O primeiro desses campos é o desenvolvimento do próprio testbed. A ideia é aperfeiçoar a plataforma de experimentação, de modo a desenvolver novas funcionalidades, como: agendamento de experimentos e monitoramento do testbed.

O segundo tópico é o desenvolvimento em Software-Defined Network (SDN). O SDN é um modelo de rede de computadores que usa um controlador baseado em software, e não em hardware. Uma das vantagens é que, dessa maneira, a rede pode ser gerenciada virtualmente e de maneira descentralizada. Neste tópico, devem ser desenvolvidas funcionalidades que auxiliem os componentes de orquestração.


O terceiro tópico de interesse é a orquestração de recursos e serviços. O objetivo é fazer com que os grupos desenvolvam e implementem funcionalidades que agreguem na orquestração dos múltiplos domínios tecnológicos presentes no OpenRAN@Brasil.

As submissões de propostas devem ser feitas até 28 de abril por meio do sistema JEMS. O documento deve ter um número máximo de 10 páginas e seguir o modelo definido na página da chamada pública. A RNP irá destinar um valor bruto máximo de R$ 132 mil para a remuneração de cada grupo e um total de R$ 20,8 mil para a aquisição de equipamentos e contratação de serviços de nuvem.

É essencial que as propostas possuam arquiteturas de software facilmente reutilizáveis, extensíveis e bem documentadas, para facilitar futuras atualizações e a formação de uma comunidade de desenvolvedores. Além disso, os componentes utilizados no desenvolvimento devem ter independência de licenças comerciais.

As propostas passarão por avaliação de um comitê e serão avaliadas segundo estes critérios: expertise do grupo, conexão com o tema, viabilidade técnica e qualidade da proposta. A divulgação dos resultados ocorrerá a partir de 12 de junho.

Os grupos de trabalho selecionados irão atuar por um período de 12 meses, entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Durante esse período, o responsável pelo GT deverá entregar um conjunto de relatórios detalhando o desenvolvimento dos trabalhos. É por meio deles que a RNP irá acompanhar a evolução de cada um dos projetos.

Ao final dos trabalhos, o GT deverá apresentar a solução desenvolvida em nível técnico, validada no ambiente do Testbed do OpenRAN@Brasil, disponibilizando o código fonte, os executáveis, os arquivos de configuração e demais arquivos. O grupo também terá que entregar toda a documentação técnica da ferramenta, trazendo detalhes sobre sua implementação, usabilidade e manutenção.

* Com informações da RNP

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