OpenRAN: o novo capítulo da guerra fria da globalização e do poder no 5G
A disputa pelo poder do OpenRAN é grande e mobiliza os mercados, assim como, a guerra fria da globalização desembarca de vez também no chamado ‘padrão aberto’. Enquanto a NTIA, braço do governo federal dos Estados Unidos para políticas de comunicações, se posiciona a favor de uma cooperação internacional em apoio ao OpenRAN, empresas norte-americanas exigem preferÊncias aos fornecedores locais.
À FCC, a Anatel dos EUA, a NTIA alertou contra a “intervenção ou manipulação por governos”, afirmando que isso poderia levar à “fragmentação geográfica da tecnologia”. Instou ainda a agência, a encorajar os Departamentos de Estado e Comércio dos EUA a usarem sua influência internacional para defender padrões liderados pela indústria em vez de tecnologias “nativas”.
Também recomendou a participação da FCC em fóruns globais nos quais a RAN aberta pudesse ser um tópico de discussão, incluindo o fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Fabricantes locais dos EUA, porém, querem preferências. Também à FCC, a Mavenir, um dos principais fornecedores de OpenRAN, defende que a agência tem de “priorizar explicitamentea adoção de preferências para fornecedores dos EUA; e incentivar as operadoras sem fio dos EUA a preferirem fornecedores dos EUA”.