Telecom

Operadoras competitivas investem R$ 6 bilhões no Brasil

As operadoras competitivas – que são aquelas de porte menor, que operam em regiões específicas, têm modelos de negócio pré-definidos e ofertas diferenciadas, dentro de seus modelos de negócio, atendem clientes finais, ISPs, grandes operadoras, pequenas e médias empresas e clientes residenciais – investiramR$ 6 bilhões no país, revela a pesquisa “O perfil das operadoras competitivas” durante a décima edição do Seminário Telcomp. O evento foi realizado nesta terça-feira, 07, em São Paulo, e teve como tema principal a transformação digital e o setor de telecomunicações.

O CEO da Megatelecom, Carlos Sedeh, detalhou o perfil do segmento. Segundo ele, as operadoras competitivas crescem consistentemente nos últimos cinco anos.  Por conta disso, elas podem ser encontradas hoje em 98,5% dos municípios brasileiros; 6,8 mil delas têm autorização de SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) e formam um conjunto de empresas que responde hoje por 18% da receita líquida do SCM. “Boa parte do crescimento destas empresas se deu por causa da situação Oi, cuja área de concessão cobre 97% do território nacional e, por isso, conta com inúmeras áreas de menor interesse”, diz.

O presidente da Teleco, Eduardo Tude, observou que que a cadeia de valor de telecomunicações é hoje formada por quatro elementos, e que as operadoras competitivas podem ser encontradas em todos eles. “A cadeia de valor começa com as conexões internacionais e segue por transporte e redes metropolitanas; serviços para empresas e governo; e serviços para clientes residenciais e pequenas e médias empresas.

No primeiro elo – o de conexão internacional – a entrada das operadoras competitivas vai permitir que a capacidade de dados dos cabos submarinos que chegam ao Brasil hoje praticamente quadruplique. “Até o ano passado, tínhamos uma capacidade de 78 TB. Com a chegada de novos entrantes, como Monet, Algar, Google e outros, esta capacidade em breve deve chegar a 274 TB”, diz, lembrando que as operadoras competitivas respondem hoje por 12% dos cabos submarinos, devendo chegar a 50% com os novos cabos.

Na elo formado por empresas de transporte e redes metropolitanas, as operadoras competitivas movimentaram R$ 1,2 bilhão em 2016. “São basicamente empresas que atuam no mercado de atacado, vendendo capacidade para outras operadoras”, explica Tude. O executivo da Teleco lembra que, aqui, há uma gama grande de empresas com atuação nacional e regional, todas participando do mercado de atacado. “Juntas, estas companhias têm cerca de 250 mil km de redes ópticas de transporte”, revela, lembrando que o crescimento aqui vem da construção compartilhada e compra de uso de outras redes.


A área de serviços para empresas e governo também conta com operadoras de abrangência nacional e regional. Estas empresas oferecem acesso a internet e serviços gerenciados, atendendo clientes corporativos. Já no atendimento a clientes residenciais e pequenas e médias empresas, são encontradas operadoras competitivas provendo serviços de TV a cabo, 4G, satélite, e outros. Assistam a apresentação do presidente do Teleco, Eduardo Tude, sobre a pesquisa feita no mercado das operadoras competitivas.

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