PIX rouba lugar do cartão de débito e compras por NFC saltam no Brasil
As transações com cartão de débito em compras online no Brasil no ano passado registraram queda de 70% na comparação com 2020, caindo para R$ 13,5 bilhões. De acordo com o relatório apresentado pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), as operações com cartão de crédito no comércio eletrônico responderam por R$ 550 bilhões no ano passado, incremento de 42%; e as transações com cartões pré-pago somaram R$ 6,2 bilhões, alta de 80%.
Segundo Pedro Coutinho, presidente da associação, há quatro fatores que contribuíram para a queda de 70% nas transações no débito: a perda de capacidade de compra do brasileiro; o avanço da inflação; a redução das pessoas que recebiam Auxílio Emergencial; e o crescimento do Pix.
Ainda conforme os dados da entidade, o Brasil registrou R$ 569,7 bilhões em compras não presenciais, ou seja, aquelas feitas no comércio online e digital no ano passado. O valor total transacionado pelo setor de cartões (compras presenciais e remotas) em 2021 foi R$ 2,65 trilhões, sendo R$ 1,6 trilhão no cartão de crédito, R$ 916 bilhões no débito e R$ 117 bilhões no pré-pago.Para 2022, a Abecs prevê que o comércio eletrônico continuará em um ritmo de crescimento de dois dígitos, algo que puxa o crescimento das transações via cartão de crédito.
As compras via NFC no Brasil no ano passado deram um salto de 385%, ou quase cinco vezes, em comparação com 2020, passando de R$ 41 bilhões para R$ 200 bilhões. De acordo com o presidente da Abecs, Pedro Coutinho, o movimento de adoção foi acelerado a partir de abril do último ano, a partir do aumento do valor limite de transações contactless sem senha em todo o setor de cartões de R$ 100 para R$ 200.