Telecom

Redes privadas: um filão de ouro para novas receitas com o 5G no Brasil

“Redes privativas móveis representam novas receitas para os prestadoras de serviços de telecomunicações que vão além das redes”, sustentou Luciano Saboia, diretor para vertical de telecomunicações para a IDC América Latina, durante a apresentação do Predictions Brazil 2023. Este tipo de oferta vem a reboque do desenvolvimento e da implantação das infraestruturas de 5G, que, como ele destacou, nunca antes uma nova geração de conectividade trouxe tanta expectativa de transformação para os negócios quanto a chegada do 5G.

Para a IDC, a combinação de redes móveis privadas 5G, IoT e multi-access edge Computing (MEC) trará grandes benefícios para as organizações que as implantarem, devido aos requisitos de segurança, confiabilidade e latência. De fato, espera-se que todo o ecossistema de tecnologia seja impactado, passando por operadoras de telecomunicações, OEMs de dispositivos, provedores de nuvem e de equipamentos de rede, desenvolvedores de software e aplicativos, até integradores.

Saboia salientou que as redes privativas móveis representam novas oportunidades de receitas para o setor de telecomunicações que vão além da conectividade e incluem cloud, segurança, armazenamento, gerenciamento e análise de dados, assim como outros serviços gerenciados necessários para aplicações mais complexas.

“As empresas estão planejando usar redes privativas móveis e estão determinando quais são os melhores modelos de negócios para isso. Esse é um desafio. Podemos observar o compartilhamento de receitas, assinaturas, diversos modelos e arranjos que vamos ver acontecer”, apontou. “O tema de redes móveis privativas se conecta com tema de internet das coisas, um mercado que deve chegar a R$ 11,2 bilhões em 2026, sendo que 38% vai para conectividade”, completou. 

Somado a isso, o especialista lembrou que a possibilidade de fatiamento da rede — networking slicing — aumenta ainda mais as possibilidades de uso e de modelos de negócios. “Pode-se prover uma fatia da rede para ser ‘pública’, destinada à conexão geral, e criar ofertas diferenciadas, dedicando espaço desta rede para uso das empresas. Isso vai potencializar a monetização dos investimentos e use cases”, detalhou.  


Determinar os melhores modelos de negócios será um desafio, que levará em conta o tipo de aplicação a que se destina. Já podemos observar o compartilhamento de receitas, assinaturas e pagamento somente pelo uso da rede em mercados maduros.

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