Telecom

Sem testes de campo, Anatel adia consulta sobre faixa de 3,5 GHz no 5G

Por conta da pandemia de Covid-19 e sem condições de retomar os testes de campo, a Anatel decidiu prorrogar por 30 dias a consulta pública que trata da destinação da faixa de 3,5 GHz ao 5G, parte da preparação do edital. Como alertaram as operadoras móveis nos pleitos à agência, os testes são “essenciais para a definição dos parâmetros técnicos”. 

Trata-se, na prática, da inclusão da fatia de espectro mais cobiçada para aplicações de quinta geração – no caso brasileiro, o naco reservado de 400 MHz entre 3,3 GHz e 3,7 GHz. No entanto, como historicamente ocorre no país, a recepção de antenas parabólicas nessa vizinhança (3,7 GHz-3,8 GHz) sofre interferência das aplicações móveis. 

“Há que se apontar que os testes em campo sobre a convivência entre os sistemas IMT operando na faixa de 3,5 GHz e os serviços de satélite na banda C adjacente, indicados como motivo basilar para a prorrogação da Consulta Pública nº 50/2020, podem afetar os regramentos objeto da presente proposta”, aponta a área técnica da Anatel no informe que sustenta a decisão de dar mais prazo. 

Oi, Claro e o Sinditelebrasil pediram mais 30 dias de consulta. Como apontou a Oi, “a falta dos resultados dos testes de laboratório e campo para a solução técnica de mitigação de interferências prejudiciais entre o IMT (5G) e a TVRO, [são] essenciais para comprovação e definição dos parâmetros técnicos que farão parte dos requisitos contidos no Ato ora em consulta pública e necessários para construção de contribuições conclusivas e de qualidade”. 


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