Telecom

Sindicatos vão à Anatel com medo das demissões na Oi

Federações de trabalhadores se reuniram com o presidente da agência, Carlos Baigorri, para discutir a situação dos 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos da operadora.

As federações de trabalhadores FITRATELP/FITTEL, LIVRE e FENATTEL se reuniram com o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, nesta sexta, 15/3, para discutir o futuro da Oi e, especialmente, os 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos da empresa.

“Na oportunidade, as federações além de agradecer a cordialidade e presteza do atendimento do presidente da Anatel, manifestaram as suas preocupações com a continuidade da empresa Oi e dos respectivos empregos diretos e indiretos, além de aprovarem o processo de intervenção em andamento na referida agência”, informam as entidades, em nota. 

Na próxima semana, as federações terão reuniões em Brasília “em continuidade às discussões a respeito da Oi/SA. Esse esforço conjunto das federações visa buscar uma solução que atenda os interesses dos trabalhadores, da empresa e da sociedade”.

Mesmo antes da primeira recuperação judicial, em 2016, a Oi já vinha reduzindo o quadro de pessoal. A empresa chegou a ter 31 mil empregos diretos quando somou forças com a Brasil Telecom, em 2009. Em 2015, informava ter 177 mil empregos diretos e indiretos. 

A Anatel voltou a acompanhar de perto a situação da empresa, que enfrenta a segunda recuperação judicial e tenta um acordo para encerrar a concessão de telefonia fixa nos moldes previstos na Lei 13.879/19. A Anatel cobra R$ 15 bilhões em obrigações “pendentes”, que a Oi não aceita. Ambas tentam um acerto mediado pelo Tribunal de Contas da União. 


As obrigações de telefonia fixa são apontadas pela direção da Oi como serviços sem demanda que consomem recursos sem retorno. A empresa é dona da maior cobertura fixa do país e atende em praticamente todo o território nacional, uma vez que a Oi só não detém concessão do STFC em São Paulo. 

Botão Voltar ao topo