Skylane Optics defende a homologação dos transceptores ópticos pela Anatel
A empresa belga Skylane Optics, fornecedora de transceptores ópticos para redes de fibra óptica, elegeu o Brasil como mercado prioritário. Montou uma fábrica em Campinas, a segunda da companhia – a outra fica na China – e quer transformar o país numa plataforma de exportação, mas o executivo responsável pela operação, o brasileiro Rudinei Santos Carapinheiro, faz uma advertência: é hora de a Anatel começar a homologar e certificar os transceptores ópticos usados na fibra óptica.
“As instabilidades das redes acontecem muito por conta dos produtos ruins que estão sendo usados, uma vez que não há controle no processo de importação”, adverte Carapinheiro, em entrevista ao portal Convergência Digital. A Skylane Optics admite que a produção local é um esforço, mas não usa – apesar de ter o direito, os benefícios do Processo Produtivo Básico.
“Foi uma decisão da corporação. A fabricação local nos dá um diferencial para dar um suporte aos clientes e há uma grande expectativa de oportunidades. O Brasil precisa fazer muito em rede de fibra óptica. Aliás não só aqui, mas toda a América Latina”, salienta. 2016 não foi um ano simples, mas com a demanda em alta da banda larga, a Skylane Optics – ampliou a atuação junto aos provedores Internet e aos data centers.
“As grandes operadoras reduziram o ritmo, mas os provedores Internet e as operadoras de médio porte avançaram muito em rede própria”, diz Carapinheiro. Ao final, a Skylane registrou um crescimento no faturamento de 32% no ano passado. “Asseguro que boa parte desse resultado veio da decisão de ter uma fábrica aqui no Brasil. Atendemos aos clientes de forma rápida”, reafirma.
Para este ano, a perspectivas dos negócios se mantém em alta, principalmente, por conta dos data centers e da chegada dos cabos submarinos a Fortaleza, no Ceará. Os provedores Internet também estão demandando a expansão de suas redes. “O Nordeste é um mercado que vai crescer muito e precisa muito de infraestrutura de rede”, diz Carapinheiro.
As operadoras de telecom também devem retomar suas contratações. “Não há como expandir o 4G e pensar eme 5G sem ter uma infraestrutura de fibra óptica. O Brasil terá de avançar e aqui reforço: A Anatel precisa fiscalizar a qualidade dos produtos que mantém essa rede em funcionamento”, completou o diretor da Skylane Optics.