Telecom

Smartphone se sustenta como carro-chefe da indústria da Tecnologia

O gasto mundial em produtos tecnológicos para o grande público cairá em 2017 por fatores como o fortalecimento do dólar e a incerteza política derivada do Brexit – saída do Reino Unido da União Europeia-  e da chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A previsão é que os consumidores de todo o mundo gastem US$ 929 bilhões em smartphones e outros dispositivos, contra os US$ 950 bilhões de 2016, segundo a associação americana do setor, a Associação de Consumo de Tecnologia (CTA, na sigla em inglês).

O diretor de estudos de mercado da CTA, Steve Koenig, que participa da Consumer Eletronics Show, evento realizado em Las Vegas, que a previsão se baseia na “incerteza após a eleição de Trump e o Brexit”, a votação a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. “Este ambiente de incerteza certamente impactará nos gastos dos consumidores, nos investimentos das empresas e nos dos governos”, sustentou Koenig.

De acordo ainda com o executivo, a força do dólar também constitui “um importante impacto”, ao reduzir as quantidades gastas em tecnologia em outras divisas, assim como as quedas dos preços para alguns produtos, como os tablets. As receitas do setor seguem dependendo em grande medida dos smartphones, que neste ano representarão 47% dos gastos em eletrônica entre o grande público em escala mundial, embora seu crescimento – tanto em volumes de venda quanto em receitas – comece a moderar. “O smartphone está no centro do universo do consumidor de tecnologia”, assegurou Koenig.

Os smartphones, tablets, desktops, notebooks, televisores, câmeras e relógios inteligentes formam um conjunto de equipamentos que se estima que aportem 28%, ou 754 bilhões de dólares, em receitas na indústria de tecnologia neste ano.Esta é a primeira vez que os relógios inteligentes se incorporam ao que Koenig chamou “Os Sete Magníficos”, por serem os principais geradores de receitas do setor. “Estamos vendo muita força nos smartphones”, disse Koenig. “Os (dispositivos) portáteis estão gerando muita inovação que estimula o crescimento”.


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