Telefônica registra lucro líquido de R$ 1,2 bi no 3º trimestre
A Telefônica Brasil realizou um lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no período, resultado 28,3% superior ao terceiro trimestre de 2016. A receita operacional líquida de serviços cresceu 2,4% em relação a igual período do ano passado, enquanto os custos operacionais apresentaram queda anual de 1,0%, segundo os dados do balanço do terceiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira, 25/10.
O EBITDA totalizou R$ 3,7 bilhões no trimestre, apresentando crescimento anual de 7,8%, enquanto a margem EBITDA atingiu 33,8%, 1,9 ponto percentual superior a igual período do ano passado. O fluxo de caixa operacional (calculado pela diferença entre o EBITDA e o Capex) atingiu R$ 5,4 bilhões nos nove primeiros meses de 2017, 12,6% acima no comparativo anual.
O balanço financeiro revela que a Telefônica investiu R$ 2,2 bilhões entre julho e setembro, priorizando a cobertura 4G, que atingiu 1.919 cidades ao final do trimestre, e a expansão da fibra com a tecnologia FTTH (Fiber-to-the-Home), que foi lançada em 12 novas cidades neste ano. “A companhia vem liderando a expansão da implantação de 4G nos municípios brasileiros em 2017, ao adicionar 1.403 novas cidades no ano, e oferecer cobertura a 75,7% da população nacional. Nosso objetivo é proporcionar a melhor conexão para que nossos clientes possam usufruir de todos os benefícios do mundo digital”, destaca o presidente da companhia, Eduardo Navarro.
Estratégia centrada em dados
A empresa mantém uma estratégia comercial centrada em dados e serviços digitais, que vem acelerando seu negócio. Como resultado, a receita líquida de serviço móvel cresceu 3,7% no terceiro trimestre no comparativo anual, impulsionada pela crescente receita de dados e serviços digitais, que apresentou expansão de 28,2% sobre igual período de 2016.
O desempenho decorreu da forte atividade comercial na venda dos planos Vivo Família, que permite o gerenciamento do consumo de dados dos dependentes, do forte incremento das receitas digitais, além da crescente penetração de smartphones na base de clientes. No trimestre, a representatividade da receita de dados e serviços digitais sobre a receita líquida de serviço móvel aumentou para 72,9%.
Paralelamente, a receita líquida do negócio fixo apresentou aumento de 0,5% no terceiro trimestre, influenciada principalmente pela evolução positiva das receitas de banda larga e dados corporativos. O resultado poderia ser maior, porém houve o impacto do corte da tarifa de ligação fixo-móvel e redução da tarifa de interconexão, no serviço de voz.
A receita de banda larga cresceu 19,2% no comparativo anual, impulsionada pela evolução das receitas de UBL (Ultra banda larga), que já representa 61,8% da receita total de banda larga no período. O fato evidencia os esforços da empresa visando a migração de clientes para velocidades mais altas. Além disso, a companhia ampliou sua penetração no mercado ao expandir a rede de FTTH para novas cidades. O senão do balanço foi o resultado do negócio de TV por assinatura registrou queda de 0,5% na receita no comparativo anual. Apesar disso, o IPTV apresentou crescimento de receita de 76,8%, devido à estratégia mais seletiva da empresa para este serviço.
A companhia registrou um total de 97,6 milhões de acessos no terceiro trimestre, dos quais 74,6 milhões eram móveis, volume 1,5% superior ao do ano passado, mantendo-se na liderança de mercado, com 30,8% de participação em agosto de 2017 (fonte: ANATEL). A empresa também deteve a liderança na tecnologia 4G, com market share de 33,9% em agosto, refletindo a estratégia centrada em dados e a qualidade da base de clientes.
No pós-pago, a Telefônica conquistou 45,6% das adições líquidas do mercado no acumulado do ano, com market share de 42,3% em agosto. De outro lado, o parque pré-pago teve sua base reduzida em 5,1% em relação a igual período do ano anterior, devido à forte migração para planos controle e à política de desconexão de clientes inativos, dentro das regras da ANATEL.
No mercado de M2M (Máquina a Máquina), a base de acessos seguiu expandindo e chegou a 5,9 milhões em setembro, um incremento de 22,5% comparado ao ano anterior, com participação de mercado de 40,4%. No negócio fixo, os acessos totalizaram 23,1 milhões, um recuo de 2,7% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, devido a uma redução de clientes de voz. Já a banda larga fixa continua em evolução, com 7,5 milhões de clientes, um crescimento de 1,9% no comparativo anual. A base de clientes em fibra ótica cresceu 8,7% relativamente a igual período do ano passado e já atinge 4,5 milhões de acessos.
Os clientes de ultra banda larga já representam 60,0% do total de acessos de banda larga, impulsionando o ARPU (receita média por cliente) para um crescimento de 16,5% em relação a igual período de 2016. Com a expansão do FTTH (Fiber-to-the-Home) para novas cidades, a companhia já conta com 1,2 milhão de acessos nessa tecnologia, o que representa crescimento de 44,9% em relação ao ano anterior.