Telecom

Teles cobram modelo racional e uso imediato do espectro no leilão 5G

As operadoras de telecomunicações não vão poder esperar – como aconteceu no 4G – para ter acesso às frequências adquiridas no leilão 5G, advertiu Rodrigo Abreu, ao falar em nome da Conexis Brasil, entidade das teles, na qual ocupa a presidência. O presidente da Oi, que participou de evento promovido pela consultoria Lide, nesta quinta-feira, 28/01, deixou claro que o leilão 5G traz insegurança jurídica.

“Há muitos pontos sendo ainda definidos, mas não podemos repetir o modelo de ter que esperar dois ou três anos para que se cumpra o processo de limpeza, que talvez não seja tão necessário agora, para, aí sim, implantar”, declara, comparando com a limpeza da faixa de 700 MHz. “Boa parte da população talvez já esteja sendo atendida com a TV terrestre, que foi esforço dessa digitalização com o 4G”, afirmou Rodrigo Abreu, referindo-se à mitigação necessária para manter os serviços de TVRO. As teles sugerem a mitigação antes da migração para a banda Ku.

As teles temem ainda que o leilão venha a ter um viés arrecadatório por conta da situação econômica do país por conta da pandemia de Covid-19. Como presidente da Conexis Brasil, Abreu sugeriu que o Brasil precisa criar um líder de transformação digital para unificar as ações do Estado. O presidente da Oi disse ainda que fibra ótica deixou de ser um item setorial para ser um componente básico para a economia do Brasil. “Sem fibra, não se tem 5G, e aplicações como carros conectados e cirurgias remotas serão impossíveis de acontecer. Fibra é infraestrutura básica do Brasil”, reforçou.

O presidente da Oi e da Conexis Brasil Digital cobrou ainda a definição de regras claras e pediu que as obrigações a serem impostas viabilizem os investimentos em redes, crucial para fazer o 5G acontecer no Brasil. “Mas ainda sofremos com o questionamento ao direito de passagem, essencial para ter rede, e que é contestado judicialmente, inclusive no Estado. Temos de ter medidas de estímulos ao investimento e não barreiras”, ponderou.


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