Telecom

Tesouro Nacional vai ficar com no máximo R$ 3 bilhões do leilão 5G

O leilão do 5G tem valor econômico estimado em R$ 49,7 bilhões. Mas a imensa maioria desse dinheiro envolve os custos dos investimentos exigidos como contrapartida a quem comprar as radiofrequências em oferta. Se conseguir vender todas as faixas, pelo preço mínimo, o Tesouro vai levar R$ 3 bilhões.

“São quase R$ 50 bilhões de valor econômico, sendo R$ 47 bilhões em compromissos, com R$ 7 bilhões para a conexão das escolas, R$ 40 bilhões para diversas obrigações de cobertura”, explicou o superintendente de Competição da Anatel, Abraão Silva.

“O que se espera é arrecadar algo em torno de R$ 3 bilhões para o Erário. Chegou a ser divulgado R$ 10 bilhões, mas quando o valor não continha as escolas, a parte da faixa de 26 GHz”, completou Silva, que nesta quarta, 27/10, recebeu os documentos de habilitação das empresas interessadas em participar do leilão. 

A apresentação de documentos de habilitação, além dos primeiros lances e as garantias financeiras marca o começo formal do leilão. A disputa está marcada para 4 de novembro. Como revela Abraão Silva, para evitar surpresas a Advocacia Geral da União já monitora os tribunais no caso de ações que tentem paralisar a licitação. 

Do que se viu e ouviu dos 15 grupos que se apresentaram à Anatel, há sinais de disputa, especialmente na faixa de 700 MHz, e também interesses vários na faixa de 3,5 GHz. A faixa de 26 GHz, com mais de 3 mil MHz em oferta, não padece de escassez. Já a venda de qualquer coisa em 2,3 GHz pode ser considerado sucesso. 


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