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TIM não desiste de negociar TAC com Anatel, mesmo com fracasso da Oi e da Vivo

Durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre de 2018, realizada nesta quarta-feira, 09/05,  a TIM Brasil sustentou que quer negociar o Termo de Ajuste de Conduta com a Anatel, apesar do fracasso das negociações da agência regualadora com a Oi e com a Vivo. A operadora acredita que a negociação vai evoluir no mês de junho. O objetivo do TAC é converter multas em termos de compromisso.

“Estamos falando em milhões e não em bilhões como as concessionárias. Acreditamos que a negociação será boa para ambas as partes”, afirmou o vice-presidente de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole. O executivo preferiu não projetar valores na negociação. “Dependemos muito do que vamos efetivamente colocar à mesa”, acrescentou.

Os resultados da TIM Brasil nos três primeiros meses do ano foram positivos. Com mais adições no pós-pago, a operadora aumentou a sua receita líquida  encerrando o trimestre com R$ 4,139 bilhões. Desse total, a receita de serviços foi R$ 3,983 bilhões, um aumento de 6,4%. Enquanto isso, a operação móvel registrou receita de R$ 3,778 bilhões (crescimento de 6%), a fixa encerrou março com R$ 205 milhões, um avanço de 14,7%.

Ainda na móvel, a receita de interconexão caiu 13,2% e ficou em R$ 198 milhões. O recorte de receita “gerada pelo cliente”, que engloba voz (local e longa distância), dados e conteúdo, aumentou 6,6% no período e totalizou R$ 3,424 bilhões. Desse total, a receita com pacote de ofertas recorrentes avançou 40,2% e representou 75%, contra 56% no começo de 2017.

No primeiro trimestre, a receita média mensal por usuário (ARPU) foi de R$ 21,6, crescimento de 13,8%. No pré-pago, foi de R$ 11,4, avanço de 1,6%. Já no pós-pago foi de R$ 40, aumento de 3,4%. A TIM Live, a grande aposta da TIM na banda larga fixa, cresceu 43,4% e R$ 85 milhões, o que equivale a uma participação de 41,5% na receita fixa, contra 33,2% no primeiro trimestre de 2017. A ARPU do serviço de FTTx para consumidor residencial da operadora foi de R$ 70,8, avanço de 12,5%.


O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) normalizado aumentou 16,4% e fechou os três primeiros meses do ano com R$ 1,470 bilhão. O aumento foi justificado pelo crescimento das receitas e pela redução dos custos totais. A margem EBTIDA avançou 3,6 pontos percentuais e ficou em 35,5%, recorde da companhia para o período. Já o lucro líquido cresceu 89,1%, total de R$ 250 milhões. Segundo a TIM, houve mudança no mix das receitas, especialmente com os custos ligados à VU-M, o que causou impacto na margem.

Os custos de operação caíram 0,7% e ficaram em R$ 2,669 bilhões. Esse valor é normalizado pela venda de torres (impacto de R$ 220 mil no primeiro trimestre) e custos temporários (impacto positivo de R$ 133 mil no primeiro trimestre de 2017). O Capex da empresa caiu 3,5% e foi de R$ 646 milhões. Dos investimentos, 87% foram destinados à infraestrutura, especialmente rede de transporte, tecnologia 4G e TI.

Limpeza de base

A TIM reduziu em 6,4% a base móvel, encerrando março com 57,894 milhões de contratos. Desses, 39,426 milhões (queda de 15,3%) eram de pré-pago, e 18,468 milhões de pós-pagos (crescimento de 20,5%). Do total, 29,546 milhões de linhas eram 4G, um crescimento de 49,9% no comparativo anual explicado pela migração de tecnologia, com usuários vindos do 3G (que foi reduzida em 37% e ficou em 17 milhões). Os smartphones atingiram penetração total de 82,1%, avanço de 8,5 p.p. comparado a março de 2017.

A companhia ainda registrou 739 mil acessos de telefonia fixa (avanço de 7,2%) e 411 mil de TIM Live (aumento de 27,4%). A tecnologia fixa-móvel (chamada pela empresa de WTTx) está disponível em 67 cidades, sendo 20 capitais. Em março, a tele contava com 85,3 mil km de backbone e backhaul de fibra, avanço de 12%. A fibra até a residência (FTTH) cobre 203 mil homes-passed. Já a fibra até o gabinete (FTTc) está chegando a 3,3 milhões de homes-passed.

De acordo ainda com o balanço, a tecnologia 4G chegou a 3.110 cidades em março, ou 92% da população urbana no Brasil. O número representa aumento anual de 135%. O LTE agora corresponde a 65% do tráfego na rede de dados, contra 39% no ano anterior. A companhia destaca ainda que tem a faixa de 700 MHz em 975 cidades, sendo 20 capitais, e que o serviço de voz em 4G (VoLTE) está em 1.445 cidades, sendo 22 capitais.

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