TIM quer ser orquestradora de serviços para PMEs
A evolução tecnológica viabilizada com o 5G terá impacto especial sobre a indústria e as operadoras trabalham para desenvolver os casos de uso das principais verticais, como agro, manufatura, mineração. Mas como destaca o diretor de soluções corporativas da TIM, Paulo Humberto Gouvea, é importante que esses casos atendam também pequenas e médias empresas, afinal, imensa maioria no Brasil.
“O mercado brasileiro, mais de 90%, é formado por pequenas e médias. E o papel da TIM nesse mercado é se tornar uma integradora, levar o core para a ponta, levar alta disponibilidade e entregar soluções as a service para toda a pequena indústria, para que o ganho de eficiência e produtividade aconteça em toda a cadeia produtiva, não só nas grandes empresas”, disse o executivo em entrevista à Convergência Digital, durante a Futurecom 2022.
Ele explica que a TIM escolheu verticais prioritárias para a estratégia de internet das coisas, mas que a intenção é fazer parte do próprio ecossistema. “O que mais se demanda hoje é conectividade. O papel da operadora no futuro, principalmente quando a gente descer para as pequenas e médias, é um papel de orquestrador de soluções. A gente tomou uma decisão lá em 2017, 2018, no planejamento estratégico de IoT, de ser parte do ecossistema. Isso implica entender nosso papel em cada uma das verticais, os parceiros de negócios que devemos estar aliados, para que tenha uma solução fim a fim para o usuário final. Então o papel da operadora neste momento é de conectividade, mas passa no futuro a ter um papel de integração.”
Gouvea acredita que o futuro exige que as operadoras vão além da conectividade. “O que estamos vendo hoje é a transformação digital da indústria brasileira. Então o crescimento no B2B muda todo o modelo de negócios das operadoras em relação ao mercado. A gente vai deixar de vender linha telefônica para fazer parte da evolução da tecnologia como habilitador da tecnologia para diversos segmentos da indústria. O papel da operadora no futuro, principalmente quando a gente descer para as pequenas e médias, vamos ter um papel de orquestrador de soluções.”
O diretor de soluções corporativas da TIM avalia que haverá uma combinação de redes públicas e privadas, mas que as operadoras continuarão como parceiras preferencias do setor industrial. “A indústria que tenham necessidade de altíssima disponibilidade vai fazer o uso do 5G em uma aplicação de LTE privada. Aplicações de missão crítica podem usar 4G e 5G. Se for missão crítica da indústria, muito provavelmente será LTE privado. Outros casos dentro da própria indústria podem ser de aplicação pública, porque não é de missão crítica. Então, o que defendemos com relação ao futuro, são aplicações híbridas, públicas e privadas, na indústria.”