TIM reforça o 4G para não perder a vez no pré-pago
A TIM definiu como meta chegar a 35% da sua base de assinantes com os planos pós-pagos no período 2017-2019, mas não está disposta a abrir mão da liderança no segmento pré-pago, mesmo admitindo que o segmento ainda passa por uma readequação do mercado.Mais do que convencer os usuários pré-pago da própria base em migrar para o pós-pago, a TIM está atenta à base dos rivais.
“A consolidação do chip permite ao assinante gastar mais com a operadora escolhida. Queremos que seja a TIM e estamos viabilizando planos para ter esse usuário”, observou o presidente da operadora, Stefano Di Angelis, durante a teleconferência de resultados do quarto trimestre, realizada nesta sexta-feira, 03/02.
O executivo se mostrou mais otimista com o mercado em 2017. “O primeiro semestre de 2016 foi muito complicado. Mas começamos a ter sinais de melhoras e acreditamos que o ambiente brasileiro está menos incerto”, pontuou Di Angelis. A operadora, que prevê investir R$ 12 bilhões no período de 2017 a 2019, assegura que quer ser a tele ‘do melhor custo benefício do mercado’.
E para isso o 4G fica ainda mais estratégico. O CTO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville, informou que ainda no primeiro semestre deste ano, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Florianopólis, será possível aumentar de 5 Mhz para 10 Mhz o uso da faixa de 1,8 Mhz para o 4G. “Isso implicará em mais qualidade para o serviço”, destacou.
A ideia da TIM é usar o refarming do 1.8 Mhz – com a redução do consumo do 2G – mais no Sul e Sudeste, e usar o 700 Mhz no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde a operadora não tem o 1,8MHz para o refarming. “A soma do 1,8Mhz, com 700 Mhz e o 2,6GHz, com carrier agregation vai nos permitir ter serviços numa bandad contínua”, acrescentou Capdeville.
A TIM reportou no balanço financeiro que possui 1.255 cidades cobertas com o 4G, com 11,6 mil; 2.833 cidades 3G (89% da população urbana) e 76 km de fibra na rede de transporte, com percentual de 90% dos sites conectados com backhaul próprio. Ainda no balanço financeiro, a TIM demonstra que fechou 2016 com uma base de 63,4 milhões de clientes, 4,3% menor do que em 2015.
A base pós-paga cresceu 9,6% para 14,9 milhões de clientes. Já a base pós-paga caiu 7,8% para 48,5 milhões. Hoje, 72,3% da base é usuária de smartphones, mas ainda há muito por crescer. Dados da TIM mostram que o 4G responde por apenas 34% do tráfego 4G. A receita média por usuário ficou em R$ 19,2, um aumento de 9,1% em relação a 2015.