Telecom

TIM vai absorver clientes da Oi em etapas, por planos e DDDs, ao longo de um ano

Ao apresentar os resultados trimestrais da operadora nesta quinta, 24/2, a TIM Brasil deu mais detalhes sobre como será a absorção dos clientes da Oi ao longo dos próximos meses. A empresa, que vai pagar 44% dos R$ 16,5 bilhões a serem pagos, ficará com 40% dos clientes móveis da Oi. Quando o negócio foi anunciado, eram cerca de 14 milhões deles. Atualmente, como os acessos ativos passaram de 40 milhões, a fatia da TIM está mais próxima de 16 milhões. 

Segundo o presidente da TIM Brasil, Alberto Griselli, a própria quantidade implica em uma absorção por etapas. “A migração dos clientes da Oi vai acontecer em janelas. São 40 milhões de clientes que vão migrar, então será em janelas ao longo do tempo. Analisamos a distribuição dos clientes da Oi por plano e construímos ‘landing plans’, ou seja, quais são as melhores condições que o cliente tem na Oi para planos da TIM Brasil”, disse. 

Como apresentado nesta quinta, a expectativa é que a compra da Oi seja concluída até o fim de maio deste 2022. A migração de redes deve levar cerca de três meses, mas nessa etapa os clientes ainda serão atendidos por sistemas da Oi e por faixas de frequência da Oi. Em seguida, também serão usadas radiofrequências da TIM, com impacto direto sobre os serviços. E só então começa a transição entre os planos de serviço da Oi para planos da TIM. 

“O sucesso da operação significa que o cliente nem precisa perceber que o plano dele mudou, a não ser na qualidade do serviço. Esperamos que a partir do fechamento isso vai demorar 12 meses”, explicou Griselli. “Logo após o fechamento [da operação], o cliente da Oi vai ficar sendo servido pelo plano da Oi, nos sistemas da Oi e na frequência da Oi. O segundo passo é servir esse cliente, ainda no plano da Oi, mas com frequência combinada nossa com a da Oi, com aumento da qualidade do serviço. Depois, vamos começar o processo de migração plano a plano, de cada grupo de clientes.”

Segundo o diretor de tecnologia da TIM, Leonardo Capdeville, primeiro é uma etapa técnica, depois sistêmica. “A migração técnica é trazer clientes da Oi para TIM, o que faremos escalonado por DDD, pela simplificação da operação. Na segunda etapa, a etapa sistêmica, é um mix, em que migraremos por plano e por DDD. Ou seja, parte da base pré-paga, depois [os planos] controle, depois pós pago. Nessa segunda etapa vamos ter esse mix entre áreas e planos, com janelas separadas entre pré e pós. Assim, em um primeiro momento, o cliente está na rede da TIM, mas continua sendo atendido e tarifado pelos sistemas da Oi. No segundo momento, a gente faz essa migração. Ou seja, pegamos os dados do cliente da Oi e migramos para os sistemas da TIM.”


Vale lembrar que a premissa do fatiamento é que a base de clientes da Oi Móvel em cada área de registro (DDD) será atribuída à operadora com menor participação de mercado em março de 2020. Como resultado, a TIM vai ficar com os clientes da Oi em 29 áreas de registro; a Claro em 27 e a Vivo em 11. No caso da TIM, são os DDDs 11; 16; 19; 21 e 22; 24; 32; 51; 53 a 55; 61 a 69; 73; 75; 89; 93 a 97; e, 99.

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