Trump ‘ordena’ a venda do TikTok. Microsoft aparece como interessada
Mais um capítulo da guerra fria dos Estados Unidos com a China. O presidente Donald Trump ‘recomendou’ à gigante chinesa ByteDance que venda o aplicativo Tik Tok, o mais popular hoje nos Estados Unidos, para que ele não venha ser proibido pelo governo sob a alegação de comprometimento de dados pessoais dos usuários. A Microsoft seria a empresa interessada em ficar com o aplicativo, segundo rumores no mercado dos EUA.
A ByteDance tem sede em Pequim, mas se tornou uma empresa global por conta do sucesso do aplicativo. A dona do Tik Tok é mais uma empresa atingida em cheio pela guerra fria entre EUA e China.
Na semana passada, o Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado dos EUA aprovou por unanimidade um projeto de lei que impede os funcionários federais do país de usarem o Tik Tok em dispositivos do governo. O projeto será retomado pelo Senado para votação. A Câmara dos Deputados já aprovou uma medida semelhante. Os valores a serem investidos na aquisição não foram revelados, nem se o governo dos Estados Unidos ‘subsidiaria’ a compra da Microsoft.
A ação de Trump contra o TikTok tem apoio de gigantes do País, entre eles, o Facebook. O CEO e fundador da rede social, Mark Zuckerberg, tem atacado abertamente o app chinês, que tem roubado usuários dos seus produtos. Em contragolpe, o CEO do TikTok, Kevin Mayer, anunciou que abrirá os algoritmos do aplicativo para a análise de outros, e cutucou os concorrentes americanos a fazerem o mesmo.
O TikTok é uma rede social em que os usuários gravam, editam e compartilham vídeos curtos em seus perfis. É especialmente popular entre os jovens, e já acumulou mais de 2 bilhões de downloads desde que foi lançada, no final de 2016 – foram 315 milhões apenas nos três primeiros meses de 2020.