Telecom

WND, da Sigfox: Operações de IoT estão mantidas e não há riscos no Brasil

O pedido de recuperação judicial da Sigfox, dona da tecnologia de Internet das Coisas, usada pela WND no Brasil, feito na quarta-feira, 27 de janeiro, na França, não terá qualquer impacto nos próximos seis meses no Brasil. “A recuperação judicial na França tem o mesmo sentido do brasileiro: permitir a operaradora se recuperar. A Sigfox tem 73 operações no mundo, sendo 71 independentes, e só duas com eles: França e Estados Unidos, e essa última demandou muito mais dinheiro do que se esperava e criou os problemas”, explicou ao Convergência Digital, o CEO da operação brasileira, José Almeida.

Segundo ele, para as operações independentes, como é o caso da brasileira, o importante é que os sistemas e códigos estão todos depositados em escrow, ou seja, estão com uma entidade independente que poderá franquear acesso a eles caso as condições contratuais se concretizem. José Almeida diz que a Sigfox está fazendo a readequação necessária em um mercado que não decolou como se esperava.

“Havia uma grande expectativa que não aconteceu, mas o negócio não morreu e está avançando, mas num ritmo mais lento. A Sigfox vai encolher, mas os sistemas vão continuar”, diz Almeida. Ainda segundo o CEO, um comunicado das 71 operadoras independentes está sendo redigido para tranquilizar aos usuários. “Estamos na redação final e vamos divulgar o quanto antes”, garantiu.

Sem querer dar números totais de conexões ativas, Almeida fala de dois grandes contratos: com a SABESP, companhia de água e esgoto de São Paulo, onde há 100 mil dispositivos ativos, e em outra companhia do mesmo porte, que não quer a divulgação, com 125 mil, além das conexões ativas por parceiros.

“Reitero que o negócio é viável. Nós, da WND, já fizemos a nossa readequação ao não crescimento do mercado como se esperava. Não vamos ter os milhões de dispositivos conectados em tão pouco tempo, mas teremos. No Japão, a operadora de lá, tem um contrato de 800 mil para controle das conexões de gás”, salientou.


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