Segurança cibernética: salários explodem com aumento da demanda
Dados divulgados pela consultoria Accenture mostram que os registros de ataques virtuais saltaram 125% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período em 2020. Estudo da consultoria alemã Roland Berger mostra que a cada um segundo uma empresa brasileira recebe uma tentativa de ataque hacker e que o Brasil já está no 4.º lugar entre os países com mais tentativas de ataques de ransomwares (em 2020, ocupava a 9.ª posição).
Com a explosão na demanda, disparou também a remuneração por profissionais habilitados a atuar na área. Segundo a empresa de recrutamento Revelo, o salário-base na área de TI, que já havia aumentado 10% de 2019 para 2020, passou de R$ 6.020,41 em setembro de 2020 e para R$ 9.364,21 em fevereiro de 2021, um salto de 55%, registrado em capitais como Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Picos de salários de profissionais de segurança da informação podem chegar a R$ 26 mil, conforme informações da plataforma de empregos Glassdoor.
Cargos ligados à cibersegurança figuraram entre as cinco profissões em alta no ranking do LinkedIn nos últimos três anos. A falta de profissionais de segurança digital está alinhada com o cenário macro do mercado de TI. O relatório setorial de macrossetor de TI de 2021, produzido pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais – Brasscom – mostra que, nos próximos três anos, os investimentos em segurança cibernética e de informação deverão ficar em R$ 46,7 bilhões, com crescimento de 10% ao ano, o que exigirá atenção em três pilares fundamentais: processos, tecnologia e pessoas.