Inovação

CEOs admitem medo de ficar para trás se não investirem em Inteligência Artificial

Executivos temem perder força competitiva e colocam os aportes na tecnologia na agenda, independente, da área de Tecnologia.

A Inteligência Artificial (IA) é a principal tecnologia cotada para ter impacto significativo nos negócios, tendo sido citada por 21% dos entrevistados, em recente pesquisa feita pelo Gartner, com mais de 400 CEOS e executivos seniores da América Latina, América do Norte, Europa, Ásia/Pacífico, Oriente Médio e África do Sul, de empresas de diferentes setores, receita e tamanhos de empresa.

“A Inteligência Artificial Generativa terá um impacto profundo nos modelos de negócios operacionais”, afirma Mark Raskino, Vice-presidente e Analista do Gartner. “No entanto, o medo de ser deixado para trás é um poderoso impulsionador do mercado de tecnologia. A Inteligência Artificial está atingindo um ponto no qual os CEOs ainda não investiram, mas estão ficando preocupados com a possibilidade de estarem perdendo algo competitivamente importante”, adiciona.

Além da tecnologia como força competitiva, os CEOs estão preocupados em atrair e reter talentos. Quando perguntados sobre o impacto de diferentes riscos nos negócios, 26% dos CEOs citam a escassez de talentos como o quesito mais prejudicial para sua organização. Atrair e reter talentos é, de longe, a principal prioridade de sua força de trabalho.

Entrevistados antecipam que as preocupações com a remuneração são a maior mudança no comportamento dos colaboradores e futuros funcionários, seguida por um desejo de maior flexibilidade e trabalho remoto ou híbrido. “A ênfase na remuneração não é surpreendente em um ambiente inflacionário, mas em ciclos econômicos anteriores, o desemprego normalmente minava o poder do mercado de trabalho”, complementa Raskino.


Para cerca de 22% dos CEOs, a inflação é o maior dos riscos para negócios. Quase um quarto dos entrevistados antecipam para este ano o aumento da sensibilidade ao preço como a maior mudança nas expectativas dos clientes. No entanto, aumentar os preços ainda é a principal ação que os CEOs estão tomando em resposta à inflação (44%), seguida pela otimização de custos (36%) e produtividade, eficiência e automação (21%).

“É preocupante que os CEOs ainda não pareçam estar focados na produtividade tanto quanto deveriam em um período inflacionário”, diz Moyer. “Isso pode ser devido ao desejo de que a inflação não se torne uma característica persistente do cenário econômico. Eles devem adotar a automação para redesenhar métodos, processos e produtos para eficiência, em vez de empurrar aumentos de custos para os clientes”, afirma o analista do Gartner.

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