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Segurança

Distrito Federal desarticula fraude com QR Code Pix que causou prejuízo de R$ 21 milhões

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), realizou uma operação contra crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro no Brasil. Nomeada como Operação Digito 8, em referência à guia utilizada pelos criminosos para subtrair dinheiro de uma grande instituição financeira, a ação desarticulou um esquema de fraudes em pagamentos de guias de arrecadação via QR Code PIX, explorando a vulnerabilidade do sistema bancário.

A atuação criminosa durou 24 dias (de 7 de janeiro de 2023 a 31 de janeiro do mesmo ano) e, no decorrer desse período, os investigados inseriram códigos de barras de guias válidas, mas adulteraram o QR Code PIX para valores significativamente menores, causando um prejuízo de R$ 21 milhões para um grande banco do país, cujo nome não foi revelado.

A fraude foi orquestrada por quatro núcleos distintos: operacional, responsável por explorar a vulnerabilidade e efetuar os pagamentos; de prefeituras, no qual ocorria a emissão das guias fraudulentas e repasse das verbas – envolvendo as prefeituras de Morros (MA), Ubaitaba (BA), Serra do Navio (AP), Jacinto (MG), e Acorizal (MT); de intermediadores, que facilitou a comunicação entre o núcleo operacional e as prefeituras; e financeiro, no qual utilizou-se empresas para permitir a retirada dos recursos ilícitos das contas das prefeituras.

Ao longo do dia, 115 policiais civis, sob a coordenação da PCDF e com o apoio das Polícias Civis de SP, MT, SC, MG, BA, MA, AP, GO e RJ, cumpriram 10 mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal. Residências e gabinetes dos Secretários de Finança foram alvos de buscas, assim como houve a prisão de um advogado, em um bairro nobre de São Paulo, acusado de auxiliar na evasão dos recursos ilícitos.

Durante a investigação, foram obtidos registros dos investigados comemorando o sucesso da fraude em festas em Goiânia, ostentando carros importados e viagens para destinos luxuosos pelo país. A vida de extravagância contrasta com a seriedade dos crimes cometidos, que incluem invasão de dispositivo eletrônico, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cuja pena pode ultrapassar 20 anos de prisão.


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