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Data centers e nuvem sob pressão para reduzir emissões e pegada de carbono

Sob pressão de investidores, clientes, reguladores e governos por metas de neutralidade de carbono e zero emissões líquidas até 2030, pelo menos 50% das organizações pretendem adotar sistemas de monitoramento de sustentabilidade até 2026, como forma de gerenciar o consumo de energia e a pegada de carbono nos ambientes de nuvem híbrida. 

“As organizações têm fortes metas de redução de carbono para alcançar e esperam que suas equipes de infraestrutura e operações lancem iniciativas de sustentabilidade que alinhem sua atual pegada de carbono de TI com as metas corporativas”, diz o vice-presidente analista do Gartner, Padraig Byrne. 

A pesquisa de CIOs e executivos de tecnologia da Gartner de 2024, que reuniu dados de 2.457 entrevistados em 84 países, aponta que o reporte de atividades, utilização de energia, eficiência hídrica e emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em cloud e data centers estso se tornando novas áreas de gestão de TI, resultando em novos modelos operacionais de TI (GreenOps) que exigirão novos processos, capacidades e ferramentas.

“Os líderes de infraestrutura e oprações e provedores de serviços gerenciados exigirão serviços de monitoramento, analíticos e generativos de IA de fornecedores de software e nuvem para gerenciar e otimizar as emissões de CO2e e o consumo de energia para fins de relatórios e gerenciamento de TI”, afirma Byrne.

Para satisfazer esta procura, os fornecedores de monitorização evoluirão o portfólio de produtos e permitirão novas capacidades para monitorizar o CO2e e o consumo de energia em diferentes camadas de TI – data center, hardware, middleware e aplicações.


Há uma série de desafios de adoção para o monitoramento possibilitado pela sustentabilidade. As organizações que atualmente gerem métricas de sustentabilidade utilizam dados históricos e pouca ou nenhuma informação em tempo real, o que pode afetar algumas decisões de negócios em tempo real.

“As métricas mais relevantes alinhadas ao carbono zero líquido baseiam-se nas emissões de CO2e e no consumo de energia”, diz Byrne. “No entanto, as organizações de TI atualmente não têm a capacidade de coletar essas informações diretamente. Alguns solicitam isso de seus provedores de TI, mas a qualidade e a granularidade das informações no data center e no nível da conta na nuvem não são precisas o suficiente para serem confiáveis ​​para boas decisões de gerenciamento.”

As atuais ferramentas de monitoramento que abordam algumas das métricas de sustentabilidade concentram-se principalmente em ambientes locais, o que torna um desafio atingir essas metas nos atuais ambientes de TI híbrida.

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