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Em seis anos, dispara o uso de nuvem nos governos federal e estaduais

A nova edição da TIC Governo Eletrônico, lançada nesta segunda, 17/6, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostra que a computação em nuvem se disseminou no poder público, especialmente nos órgãos do governo federal. E nos últimos anos, a inteligência artificial passa por uma forte curva de adesão no poder público em geral, puxada especialmente pelo Judiciário. 

Como afirma a coordenadora da pesquisa pelo Cetic.br, Manuella Ribeiro, “merece ser destacado o crescimento na série histórica da contratação de algum serviço de computacao em nuvem, desde que começou a ser medido. Em 2017, nem 20% dos órgãos federais tinham esse tipo de serviço, enquanto nos órgãos estaduais era também baixo. E isso teve crescimento em todos os anos”.

No governo federal, e-mail passou de 19% pra 81%, software de escritório foi de 19% a 74%, armazenamento de dados de 12% para 63%. Além disso, 44% dos órgãos federais usam capacidade de processamento em nuvem, índice que foi a 36% nos estados. 

Com a nuvem, se disseminam novos serviços, mas o estudo avalia que a integraçração das bases de dados entre diferentes níveis de governo avança mais lentamente. Um indicador inédito mostra que mais da metade (52%) dos órgãos públicos federais e 31% dos estaduais declararam que é necessário fazer um login ou cadastro para acessar algum serviço digital.

Entre o total de órgãos federais dos Executivo, Judiciário, Legislativo e Ministério Públicos, os tipos de cadastro mais mencionados foram o sistema de login do próprio órgão público (42%) e a plataforma Gov.br, do governo federal (32%). Já no nível estadual, os mais citados foram sistema de cadastro do próprio órgão público (25%), sistema de cadastro do governo estadual (14%) e a plataforma Gov.br (12%). 


Uma parte importante desse avanço veio na obrigatoriedade de compras por meio de pregão eletrônico para todos os municípios do país quando se trata de uso de recursos federais. Como resultado, o estudo mostra que desde 2017 simplesmente disparou o número de pregões municipais: nas cidades com mais de 500 mil habitantes, o índice foi de 65% a 95%, e entre as pequenas, com menos de 10 mil habitantes, o avanço foi de 44% para 90% das cidades com compras por pregão eletrônico. 

Realizada a cada dois anos, a TIC Governo Eletrônico apresenta indicadores para monitorar o desenvolvimento do governo digital no Brasil. Em sua 6ª edição, a pesquisa realizou entrevistas por telefone em 677 órgãos públicos federais e estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público e 4.265 de prefeituras, entre julho de 2023 e fevereiro de 2024.

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