Justiça faz hackaton de segurança pública com R$52 mil em prêmios
Focos são rastreamento de roubos, colaboração e autoavaliação
O Ministério da Justiça abriu inscrições para o Hackathon – Tecnologias Disruptivas para Segurança Pública, promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A maratona de desenvolvimento de sistemas tem como objetivo principal criar soluções tecnológicas inovadoras.
Os competidores concorrem a uma premiação total de R$ 52,5 mil e os trabalhos precisam ter como foco a execução de políticas destinadas a combater a criminalidade, além de melhorar a qualidade de vida dos profissionais de segurança pública.
A inscrições ficam abertas até 19 de novembro. Para participar, é necessário preencher a ficha de inscrição disponível no formulário on-line do evento e enviar um vídeo de apresentação hospedado no YouTube, com duração máxima de cinco minutos.
O vídeo deve apresentar a análise de dados e a tecnologia utilizada, com uma demonstração do funcionamento da solução proposta. A falta de qualquer informação solicitada pode resultar na desclassificação do trabalho.
Os participantes do Hackathon são desafiados a desenvolver protótipos que abordem pelo menos um dos três desafios a seguir com soluções tecnológicas criativas e inovadoras.
Desafio 1 – Plataforma de colaboração entre cidadãos e polícia: o objetivo é criar uma solução que permita o envio de informações, fotos e vídeos diretamente para a polícia, contribuindo para investigações de crimes em tempo real.
Desafio 2 – Sistema de rastreamento de objetos roubados: os participantes devem desenvolver uma ferramenta que permita aos cidadãos registrar itens roubados, incluindo descrições detalhadas e fotos, facilitando a recuperação desses objetos pela polícia.
Desafio 3 – Plataforma de autoavaliação de saúde mental: criar uma solução que possibilite aos profissionais de segurança pública fazerem autoavaliações periódicas de sua saúde mental, identificando áreas que precisam de atenção e sugerindo ações corretivas.
Além disso, as soluções desenvolvidas devem ser baseadas em software livre licenciados. Ou seja, os códigos fonte devem estar abertos para garantir a liberdade de uso, a distribuição e a modificação do software.
A segunda etapa do evento ocorrerá presencialmente em 18, 19 e 20 de março de 2025, na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Nessa fase, participarão os oito primeiros classificados de cada desafio. Eles se reunirão para aprimorar os protótipos apresentados na fase anterior, apresentar o produto à comissão julgadora e receber a classificação final.
Os participantes contarão com o apoio de colaboradores do MJSP e poderão receber orientação de profissionais convidados. Cada concorrente deverá trazer seus próprios dispositivos, como notebooks e computadores, para desenvolver as soluções. O MJSP fornecerá energia elétrica, projetores e sistemas de som para as apresentações.
Em 20 de março de 2025, as equipes terão até dez minutos para mostrar seus produtos finais. Na avaliação, a comissão deverá considerar critérios como originalidade e inovação, relevância e impacto, execução e funcionalidade, viabilidade técnica, escalabilidade e sustentabilidade, além de segurança e privacidade, com pesos diferentes para cada um.
Os três primeiros vencedores de cada desafio receberão R$ 52,5 mil reais em prêmios, distribuídos da seguinte maneira: R$ 10 mil para os primeiros colocados; R$ 5 mil reais para os segundos e R$ 2,5 mil para os terceiros, independentemente de serem participantes individuais ou em equipe.
O pagamento dos prêmios será feito pelo MJSP ao representante da equipe em até 30 dias após a divulgação dos resultados, por meio de transferência para uma conta bancária no Brasil vinculada ao CPF do representante.