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Telcomp: Telecom precisa corrigir as próprias distorções antes de querer dinheiro das big techs

Rentabilidade é baixa porque mercado não é justo e tem incoerências, como zero rating

Ao discutir o chamado ´fair share´, apelido das big teles para algum tipo de cobrança pelo uso das redes de telecomunicações por grandes empresas da web, as prestadoras médias e pequenas apontam para problemas internos do setor que prejudicam o retorno dos investimentos.

“Que tem um problema na rentabilidade de telecom é fato. As empresas têm que investir com recorrência e não têm um retorno sobre o capital adequado. Mas esse problema se dá por outros motivos antes de uma discussão com big techs. Temos um mercado comercial que não é justo, na medida em que tem gente que não paga poste, não paga imposto, que faz uso inadequado do Simples”, disse o presidente da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa.

Segundo ele, a solução proposta pelas maiores operadoras do setor beneficia a elas, mas não se espraia para médios e pequenos provedores. É, para Barbosa, uma tentativa de reviver a taxa de interconexão de redes, ou VU-M.

“O que foi proposto na consulta pública da Anatel, o chamado ´fair share´, na verdade é um novo VU-M que vai ser destinado para três empresas. Não passa no teste do riso. Não é fair share. É saudade do VU-M. O que a gente precisa é ter um nível de rentabilidade mais justo, mas isso se dá corrigindo distorções competitivas”, afirmou.


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