IBM: Inteligência artificial desconhece a LGPD
Responsabilidade é de empresas e governos, diz o presidente da IBM Brasil, Marcelo Braga
A América Latina de forma geral, e o Brasil em especial, avança mais rapidamente no uso da inteligência artificial que outras paragens. Quem afirma é o presidente da IBM Brasil, Marcelo Braga, em entrevista exclusiva à Convergência Digital.
“Vemos América Latina e Brasil com uma velocidade de adoção maior do que a média global”, disse Braga durante passagem por sua Brasília natal, para participar do AI Forum, promovido pela empresa junto a clientes na capital.
Para o executivo, o uso democratizado e cada vez mais disseminado da IA, impulsionado pela facilidade trazida pela IA generativa, exige uma regulação específica nos moldes e princípios já previstos na Lei Geral de Proteção de Dados, mas que converse com os normativos internacionais diante de “operações conectadas e globalizadas”.
“Atrás disso tudo, há a necessidade de proteção de dados, de privacidade. Não se pode usar qualquer dado para treinar qualquer modelo. A IA não conhece a LGPD. Quem dá acesso aos dados para que qualquer inteligência artificial trabalhe, a responsabilidade disso é de quem é dono do dado. É da empresa, é do governo, que tem os dados, que são guardiões desses dados, que não são deles. É do cidadão, é da população”, disse o presidente da IBM Brasil.