AWS alocou quase R$ 10 bilhões a mais no Brasil em 2024
Em 13 anos, foram investidos US$ 5,6 bilhões, ou algo em torno de R$ 28 bilhões no país.
Por Roberta Prescott, de Las Vegas
O impacto da computação em nuvem no Produto Interno Bruto na América Latina foi de US$ 53 bilhões somente em 2023, um montante que pode ultrapassar os US$ 700 bilhões nos próximos cinco anos, segundo ressaltou Paula Bellizia, vice-presidente da AWS para América Latina, na coletiva de imprensa para jornalistas da região no AWS re:Invent, que acontece esta semana, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Para além do impacto no PIB, a computação em nuvem é a base da inteligência artificial generativa. “Não existe IA sem nuvem”, destacou Cleber Morais, diretor-geral para AWS Brasil. É por isso que os investimentos em datacenters ganharam destaque nas apresentações para a imprensa latina no primeiro dia do evento mundial, com público estimado em 60 mil pessoas.
Paula Bellizia, que está no comando da AWS para a América Latina desde agosto deste ano, lembrou que a companhia está investindo US$ 5 bilhões no México para os próximos 15 anos para a construção de infraestrutura no país. Os datacenters estão para ser lançados e, com isso, o México vai se somar ao Brasil como hub de datacenters — o que na linguagem da AWS significa ter uma nova região. O México já contava com escritório.
O Brasil, onde a companhia tem presença há 13 anos, recebeu mais investimentos, em 2024, para a ampliação da infraestrutura local, com aumento de capacidade e melhoria da eficiência operacional: os novos US$ 1,8 bilhão se somaram aos US$ 3,8 bilhões já alocados, totalizando US$ 5,6 bilhões em todo o período.
“Há 13 anos, definimos o Brasil como uma região e, agora, estamos fazendo investimentos no México para criar uma região para dar suporte ao crescimento da América Latina”, explicou Morais. Para a AWS, o termo região designa um conjunto de zonas de disponibilidade, ou seja, um conjunto de múltiplos datacenters.
As dezenas de milhões investidos pela AWS em infraestrutura pavimentam o caminho para os casos de uso, conforme apontou Paula Bellizia, ressaltando que a companhia tem feito isso de maneira sustentável, alcançado a meta de usar 100% de energia renovável sete anos antes do estipulado.
*A jornalista viajou a convite da AWS Brasil