Schneider Electric: O Brasil ainda tem muito para crescer em data centers
Reduzir o consumo de energia é, hoje, um dos grandes desafios de gestão nos data centers no mundo e, claro, aqui no Brasil onde o insumo é elevado e sofre com a ação da natureza, revela Luciano Santos, líder da área de ITD da Schneider Electric.
Em entrevista ao portal Convergência Digital, o executivo revelou que a companhia trouxe para o Brasil a solução EcoStruxure, atenta à transformação digital. “Cada vez mais os data centers precisam lidar com grandes volumes de dados. Há uma demanda que não para de crescer com a Internet das Coisas A plataforma EcoStruxure é aberta, interoperável e tem integração com os objetos conectados”, relata Santos.
Com oito fábricas no país, sendo duas dedicadas à Tecnologia da Informação – Fortaleza e Porto Alegre – em especial para a produção de nobreaks, advindos da compra da APC, realizada há 10 anos e de religadores – a Schneider Electric é taxativa: o Brasil ainda tem muito por crescer no mercado de data center. “Está tudo muito concentrado na região Sudeste. Agora, com os cabos submarinos, o Nordeste ganha visibilidade. E há muita demanda. Há empresas que não querem ter infraestrutura própria, mas não têm data centers para atender também”, pontua Santos.
Segundo o executivo, um data center segue sendo uma grande caixa-preta onde os custos se avolumam. “Eficiência de energia é crucial e é isso que estamos oferecendo com equipamentos menores. Eles cortam o consumo de energia e reduzem a latência”, acrescenta Luciano Santos. Dados de mercado dão conta que o mercado de pequenos data centers vai pular dos US$ 2.67 bilhões, em 2017, para US$ 8.47 bilhões, em 2022.
Outra área significativa para os planos de negócios da Schneider Electric no Brasil é a automação predial. “Esse é um trabalho que está acontecendo”, diz Santos, sem, no entanto, revelar números de mercado, uma vez que a companhia tem capital fechado. “Mas posso dizer que o mercado de TIC representa pelo menos 20% da receita total da empresa. É um segmento que ainda podemos explorar, especialmente aqui no país”, completa o líder da área de ITD da Schneider Electric.