AWS: América Latina levou para a nuvem apenas 5% do potencial
A jornada para a nuvem parece se tornar lugar comum, mas em que pese o avanço para esse tipo de tecnologia, é só o começo. Como destacou o diretor de setor público para a América Latina da AWS, Andres Tahta, apenas um pequeno percentual do que pode ir para a nuvem já foi efetivamente migrado.
“Em nível mundial, 10% do que é possível já está na nuvem, mas na América Latina isso é estimado em apenas 5%”, afirmou Tahta ao traçar um panorama das vantagens desse serviço durante o AWS Public Sector Summit, que acontece em Washington, nos EUA, nos dias 7 e 8 de junho.
O executivo ressaltou, no entanto, que o baixo percentual não deve ser motivo de desestímulo, pelo contrário. “Alguns países arrancaram primeiro com a nuvem, notadamente Estados Unidos, Austrália e Inglaterra, nessa ordem. Mas isso não significa que devemos nos sentir inferiores. Temos casos de referência mundial. E não é algo negativo, mas indica uma oportunidade maior”, emendou Tahta.
Naturalmente, mesmo na América Latina há níveis diferentes de disseminação da computação em nuvem. E segundo o diretor de setor público da AWS para a região, o Brasil particularmente lidera em uso, bem como se destaca nos casos de referência como mencionou.
“Casos como do Hospital Albert Einstein e das eleições no Brasil são referências não só para a América Latina, mas em nível global. O Brasil tem a maior eleição digital do mundo, foram mais de 140 milhões de eleitores. E o Brasil também lidera em treinamento. Temos uma meta de treinar 29 milhões de pessoas em todo o mundo até 2025 e há treinamos 13 milhões. Na América Latina foram 1,5 milhão, sendo 500 mil só no Brasil”, disse Tahta.
Vale lembrar que a computação em nuvem começou a deslanchar efetivamente há pouco mais de uma década. E como ressaltou o diretor de setor público para AL, os benefícios tendem a atrair cada vez mais empresas e governos para a tecnologia.
“Um estudo de 2022 disse que os clientes que empregaram recursos de nuvem da AWS reduziram seus custos em média em 25%, mas há casos em que isso chegou a 42%, como o Bancolombia, ou até 90%, como foi o caso da municipalidade de Córdoba, na Argentina, ou como no estado de Minas Gerais, no Brasil, que também chegou a reduções de custos da ordem de 90%”, completou.
* Luís Osvaldo Grossmann participa do AWS Public Sector Summit, em Washington, nos EUA, à convite da AWS Brasil