A Anatel informou que está abrindo um processo de apuração sobre as causas do falso alerta de terremoto emitido pelo Google nesta sexta, 14/2.
Segundo a superintendente de Controle de Obrigações da agência, Suzana Rodrigues, a informação errônea pode configurar mau uso das redes de telecomunicações.
“Fui acionada por um verdadeiro exemplo de como o mau uso, disseminando mentiras, pode gerar um. A gente hoje teve um alerta de terremoto em São Paulo que gerou um pânico na população em relação a algo que era uma mentira”, disse a superintendente, enquanto participava de evento online promovido pela Anatel.
“É um verdadeiro exemplo de um mau uso das redes de telecomunicações e como é relevante que a gente olhe para essa questão do dever de cuidado para uma responsabilidade em relação ao que se publique e as consequências disso. É mais um caso em que a gente aqui vai ter que atuar, até para entender o que aconteceu. Já sinalizei a equipe para que instaure um Processo de Acompanhamento e Controle, para que a gente possa também atuar nesse caso e, de alguma forma, evitar que outros casos como esses de disseminação de mentira ocorram causando um pânico à população”, completou.
Na madrugada desta sexta, 14/2, usuários de smartphones com o sistema operacional Android, do Google, receberam um alerta de terremoto que gerou pânico em São Paulo e no Rio de Janeiro. A notificação, que chegou por volta das 2h20, indicava um tremor localizado a cerca de 55 km de Ubatuba, no litoral paulista, e apontava uma magnitude de até 5,5. O alerta foi posteriormente desmentido pela Defesa Civil.
A Defesa Civil de São Paulo publicou um comunicado esclarecendo que não havia emitido nenhuma notificação sobre um terremoto. “Segundo o Centro de Sismologia da USP, não foi registrado nenhum terremoto no Estado de São Paulo nesta madrugada. Não há nenhuma ocorrência relacionada com terremoto em atendimento”, afirmou o órgão. Também segundo o Centro de Sismologia da USP, não foi registrado nenhum abalo sísmico no estado de São Paulo.
