
O Brasil oficializou a candidatura do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, ao cargo de secretário-geral adjunto da União Internacional de Telecomunicações, UIT, o órgão da ONU para as telecomunicações. E como ele mesmo reforça, o país busca maior protagonismo na agenda global sobre o mundo digital e o uso crescente dos satélites, notadamente de baixa órbita, como a Starlink.
“As órbitas do planeta Terra não são um bem de um país, mas de toda a humanidade. E um dos principais papéis da UIT é garantir que esse bem da humanidade seja utilizado e compartilhado de forma equitativa entre todos, para garantir que não só os países mais desenvolvidos tenham acesso às órbitas e que todo o resto do mundo fique a ver navios”, afirmou Baigorri.
Como lembrou o presidente da Anatel, no começo de junho os ministros de Comunicações dos BRICS lançaram uma declaração conjunta sobre conectividade significativa, sustentabilidade espacial e ecossistemas digitais. O documento ressalta a necessidade de novas regras globais diante do avanço das constelações de satélites de órbita baixa.
“Esse e todos os temas da fronteira do mundo digital estão na pauta da UIT, razão pela qual o governo brasileiro identifica essa agência como estratégica para a atuação internacional”, disse Carlos Baigorri. “Esse é um projeto que o Brasil já vem construindo há bastante tempo, desde que o país aumentou as suas cotas contributivas da UIT nas reuniões plenipotenciárias de 2022, na Romênia, e assumindo cada vez mais protagonismo.”