Brasil contabiliza 213.473 mil orelhões, maior parte deles na região Sudeste

Ao divulgar os dados da telefonia fixa no mês de junho, a Anatel divulgou um balanço dos números de orelhões existentes no País: são 213.473 mil, sendo que 94.687 mil na região Sudeste, onde há maior número de linhas móveis ativadas; 55.777 mil na região Nordeste, 29.949 mil na região Sul, 16.559 na região Centro-Oeste e 16.401 mil nas região Norte. Não há informação do órgão regulador se esses orelhões estão ativos ou são contabilizados, mas não funcionam.

Em 2011, última pesquisa sobre os orelhões (TUPs) pouco mais da metade estavam funcionando. Os orelhões são sustentados pelo atual marco regulatório das telecomunicações, que prevê os investimentos em telefonia. Em abril, o presidente da Anatel, Leonardo Morais, afirmou que, entre 2015 e 2018, foram gastos pelas operadoras R$ 1,1 bilhão com orelhões.

Em abril, o presidente da Anatel, Leonardo Morais, afirmou que, entre 2015 e 2018, foram gastos R$ 1,1 bilhão com orelhões. O executivo também deixou claro que a telefonia era uma bomba-relógio para o Estado brasileiro.Acho difícil que em 2025 encontremos um concessionário disposto a manter o serviço de telefonia fixa, e ainda poderá haver indenização pelos bens detidos pelas operadoras. Teremos então que destinar alguns bilhões no orçamento para a prestação da telefonia”, pontuou.

Os dados sobre o momento da telefonia fixa comprovam a preocupação do órgão regulador. Em junho, a sangria continuava para autorizadas e concessionárias. O País registrou 35.650.458 linhas ativas. Em relação ao mês anterior (maio de 2019), houve uma redução de 214.478 linhas e, nos últimos 12 meses, foram desativadas 3.037.305 linhas fixas. Em junho, havia 15.870.682 linhas fixas registradas pelas autorizadas no país e 19.779.776 linhas pelas concessionárias. Em 12 meses, as autorizadas tiveram redução de 955.436 linhas e as concessionárias tiveram perda de 2.081.869 linhas.

Entre as autorizadas (regime privado), no mês de junho, a Claro registrou a maior participação de mercado (63,39%) com 10.060.346 linhas fixas no país, em segunda posição ficou a Telefônica (Vivo), com 3.831.510 linhas (24,14%), e em terceira posição ficou a TIM, com 986.982 linhas (6,22%). Em relação às concessionárias (regime público), a Oi registrou o maior volume de linhas fixas, foram 10.982.976 linhas (55,52% do mercado), seguida pela Telefônica (Vivo), com 7.944.054 linhas fixas (40,16% do mercado).


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