CVM cobra explicação da Telebras por movimentação atípica de ações na B3
A Comisssão de Valores Mobiliários cobrou da Telebras informações sobre o porquê de movimentações atípicas com as ações na B3, nos pregões entre 08/01 e 21/01. A estatal respondeu desconhecer a existência de qualquer fato pendente de divulgação que justificasse a movimentação atípica- com baixas e altas consideráveis das ações.
No dia 21 de janeiro, por exemplo, as ações ON da Telebras movimentaram R$ 482.120 mil, enquanto no dia 20 de janeiro, a movimentação ficou em R$ 63.781 mil. Nas ações PN, o volume transacionado no dia 21 de janeiro, um dia depois do anúncio da continuidade do estudo de desestatização, ficou em R$ 1.370 milhão. No dia 20 de janeiro, esse montante ficou em R$ 399 mil.
Á CVM, o diretor de Governança e Relações com Investidores da Telebras, Rodrigo Martins Prates, explicou ainda que a possível venda da companhia foi divulgada em resolução do Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos nº 161, do dia 02 de dezembro de 2020.
No dia 20 de janeiro, lembrou o executivo, foi publicada a autorização da continuidade dos estudos para a desestatização, também no Diário Oficial da União. Segundo a Telebras, a continuidade dos estudos não implica decisão final do controlador sobre a companhia, mas diz que ‘a medida foi objeto de diversas matérias publicadas na imprensa’, o que permite entender que a oscilação das ações decorreu do impacto dessas veiculações.
A Telebras informa ainda à CVM que, até o momento, não recebeu formalmente o relatório dos estudos aprovados no dia 20 de janeiro no Conselho do Programa de Privatização do Ministério da Economia, liderado pela economista Martha Seiller.