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Indústria prevê 5,2 milhões de celulares piratas e festeja medida da Anatel contra sites de vendas

Agência adotou responsabilidade solidária dos marketplaces por venda de aparelhos não homologados.

A indústria eletrônica festejou a decisão da Anatel de prever que as plataformas digitais como Amazon, Mercado Livre e Shopee serão solidariamente responsáveis pela venda de equipamentos sem homologação. Para a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Abinee, as mudanças aprovadas em 1º/8 no regulamento de Avaliação da Conformidade “é um avanço fundamental para coibiro mercado irregular de celulares no Brasil”.

O novo regulamento amplia os poderes da Anatel para penalizar todos os participantes da cadeia de comercialização de produtos de telecomunicações não homologados, reforçando a fiscalização e a aplicação de sanções”, afirma o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato.

Para a entidade, a decisão está alinhada com o julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14) e com a posição da Advocacia-Geral da União sobre o tema. O entendimento é que, ao intermediar vendas e controlar aspectos da transação, esses sites assumem o papel de fornecedor, conforme o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90).

A Abinee também defende as ações coordenadas entre Anatel, Receita Federal, Polícia Federal e Senacon, que reduziram a participação do mercado irregular de celulares, que havia chegado a 19% no fim de 2024. Segundo a entidade, atualmente o mercado cinza responde por 13% do total de aparelhos comercializados no Brasil. Para o ano de 2025, a projeção é de que serão 5,2 milhões de unidades irregulares, o que representa 14% do total estimado de 38,4 milhões de celulares vendidos no país.


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