Governo

Licenças de software no governo terão corte de R$ 112 milhões em 2020

O governo federal espera cortar pelo menos R$ 112 milhões, dos R$ 450 milhões previstos em contratos de licenciamento de software para órgãos públicos ao longo de 2020. A projeção, equivalente a redução de 25% nos valores dessas licitações, foi apresentada nesta quinta, 16/1, pelo secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel.

“A ideia é fazer um trabalho com grandes fornecedores para reduzir contratos. Tem um potencial de economia em torno de 20% a 25% com os novos catálogos. Esse trabalho foi iniciado no final do ano passado e vai ser intensificado ao longo deste ano”, afirmou. 

Até aqui, com duas negociações concluídas, os números da secretaria de governo digital apontam para cortes ainda maiores. Maior fornecedora ao governo federal, a Microsoft não quis acordo e uma nova tabela trouxe redução de 35%. Com a Oracle,o corte negociado foi de 31%. Em breve devem ser concluídas as tratativas com a Red Hat, mas o governo ainda não indicou o tamanho da redução. E pelo menos outros dois fornecedores estão na fila. 

“Os acordos com grandes fornecedores de TI são uma iniciativa inédita, provocada especialmente pelas recomendações do Tribunal de Contas da União. Normalmente esse acordo abarca produtos adquiridos pelos diversos órgãos da administração federal, mas que não têm diferenças, são produtos padronizados, de prateleira, como licenças de software, ferramentas de BI e analytics, que têm uso disseminado”, explicou o secretário especial adjunto Gleisson Rubin. 

“Nessa negociação se estabelece um preço máximo, que obviamente é baixo porque leva em consideração a escala da compra. No lugar de um órgão sozinho fazer compra e ter volume pequeno, o órgão central entabula negociação e apresenta estimativa de aquisição de todo o governo, o que traz além do ganho no preço, em função na escala, também um ganho de controle, porque evita que órgão faca compra ruim”, completou. 


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