Provedores devem apontar PTTs que grandes operadoras terão que conectar

A Anatel vai receber, até 14/9, indicações de quais são os pontos de troca de tráfego que as grandes operadoras, indicadas pela agência como detentoras de Poder de Mercado Significativo, terão que obrigatoriamente conectar em suas ofertas de referência no atacado.

A medida está prevista na nova versão do Plano Geral de Metas de Competição, mas aquele documento prevê que “somente estarão disponíveis nos PTTs estabelecidos pela Anatel”. Daí que a atual “coleta de informações” tenha como objetivo a definição dos critérios técnicos de quais serão esses pontos de troca.

Para tanto, a agência já aponta alguns dos critérios que entende devem ser considerados. Entre eles, ter pelo menos 50 sistemas autônomos presentes; trocar no mínimo 10 Gbps de tráfego por mês; e fazer peering (sem ônus) com pelo menos três provedores de conteúdo de grande porte, como Google, Facebook, Microsoft, Globo, Mercado Livre, UOL, Yahoo, Blogspot, Wikipedia ou Netflix.

Além disso, os PTTs devem adotar TCP/IP em dual-stack IPv4/v6 (preferencial), IPv4 ou IPv6; ter protocolo de Roteamento BGP com suporte a Número de Sistema Autônomo (ASN) público; além de suporte a IPv4, IPv6 ou os dois simultaneamente (para conexões dual-stack).

Além disso, os PTTs devem ter alternativa de troca de tráfego multilateral, com possibilidade de acesso remoto e disponibilidade de infraestrutura no próprio PTT ou descentralizada para conexão remota, desde que possibilite a troca de tráfego dos participantes com todo o ecossistema do PTT.


Finalmente, sugere a Anatel que o responsável pela gestão do ponto de troca de tráfego não possua outorga de serviços de telecomunicações de interesse coletivo. A minuta com os critérios sugeridos pela agência pode ser conferida neste link.

As contribuições deverão ser enviadas até o dia 14 de setembro para o endereço de correio eletrônico [email protected].

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