Governo

Serpro quadruplica receita e se elege como ‘parceiro preferencial’ do Estado

O Serpro divulgou nesta segunda-feira, 18/3, seu resultado operacional em 2018 e registrou lucro de R$ 459,7 milhões, ou 273% superior aos R$ 123 milhões de 2017. É o terceiro resultado positivo consecutivo da estatal, que prevê uma contínua parceria como desenvolvedora de soluções digitais ao governo federal, apesar de estar com a espada na cabeça para ser privatizada, conforme o plano do Ministério da Economia.

“Temos a certeza que continuamos como o parceiro preferencial do Estado brasileiro na implementação de soluções digitais que viabilizam a execução de políticas públicas para o desenvolvimento do país, cumprindo a nossa missão de conectar governo e sociedade”, aponta o relatório da administração.

O desempenho efetivo foi ainda mais favorável do que a estatal projetava em novembro, quando divulgou um balanço preliminar dos resultados financeiros – na época, estimava o lucro de 2018 em R$ 191 milhões. A empresa terminou 2018 com 9,2 mil empregados.

Segundo o relatório, o faturamento no ano passado foi 11,99% superior a 2017 e bateu nos R$ 3,28 bilhões. A maior parte (R$ 2,98 bi) são receitas aos tradicionais clientes e na oferta de soluções ao governo, o que inclui os programas para a Receita Federal, mas também novas aplicações como a carteira de motorista eletrônica.

No entanto, a estatal destaca como sucesso de diversificação aquilo que chama de linha de serviços de informação (R$ 154,2 milhões) e serviços de nuvem (R$ 144,7 milhões) que juntos representaram mais de 10% do faturamento global da empresa no ano passado.


“A diversificação da carteira de clientes contribuiu para o alcance desse faturamento, possibilitando o aumento da representatividade de clientes não dependentes do Orçamento Geral da União de 4,60% em 2017, para 12,49%. Verificou-se, ainda, aumento da efetividade do desenvolvimento de soluções multiclientes, que superou a meta em 13,16%”, diz o relatório.

Paralelamente, houve um recuo de 4,5% nas despesas operacionais, particularmente (4,2%) em pessoal e benefícios, muito por conta do sistema de incentivo Ação de Preparação para Aposentadoria. Houve ainda queda de despesas judiciais e uma redução de 17,30% das despesas de locação de software e de hardware. 


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