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Serpro: Soberania de dados não é luxo, é obrigação

"Assim como nas nuvens, informações devem estar em IAs soberanas", diz CISO Tiago Iahn.

Tech Gov Forum Brasil 2025

Entre as tensões geopolíticas e a dependência tecnológica, a soberania dos dados se torna uma premissa do poder público. Para o diretor de Segurança da Informação (CISO) do Serpro, Thiago Iahn, o próprio uso de inteligência artificial depende da segregação de certos dados quando se trata de governo.

O tema fez parte do Tech Gov Fórum Brasil, realizado pela Network Eventos em Brasília. Ao tratar do papel da infraestrutura, Iahn destacou que a busca pela soberania é um desafio complexo, mas crucial.

“Quando a gente fala de soberania e governo, isso não é para ser um artigo de luxo. Soberania é uma necessidade. A gente olha qualquer movimento geopolítico no mundo, outros países, com a Europa indo nessa linha também, de garantir soberania, é mais um motivo para o Brasil também conquistar a sua em todas as camadas”, afirmou.

Ao explicar a estratégia do Serpro, o CISO da estatal apontou que o caminho adotado nas nuvens vale para a incorporação das ferramentas de inteligência artificial, ainda que o campo específico da segurança cibernética exija características específicas.

“O grande mote é soberania de operação e soberania de armazenamento. Esses são dois pilares para nossa nuvem soberana. São nuvens desconectadas, que não dependem das nuvens públicas ou de parceiros externos e podem ser geridas internamente. Então pode ser alcançado mesmo com a utilização de parceiros”, disse.


“As inteligências artificiais vão na mesma linha. Vão ter movimentos e algumas atividades, algumas informações que podem coexistir com qualquer tipo de IA pública. Porém, também entendo que existem alguns assuntos que devem ser conduzidos com IAs soberanas, IAs privadas, vamos dizer assim. Então, esse movimento do Serpro vai alcançar as duas frentes. E isso é bastante importante para o governo federal como um todo.”

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