São Paulo quintuplica cobertura do programa WiFi Livre com a América Net

A América Net anunciou oficialmente a expansão do Programa WiFi Livre SP. Em janeiro deste ano, José Luiz Pelosini, vice-presidente da América Net, havia adiantado à Abranet que a empresa firmara parceria com a prefeitura de São Paulo com objetivo de expandir seus pontos de acesso à internet sem fio na capital de São Paulo.

Nesta quarta-feira 15/05, a empresa divulgou mais detalhes do projeto e afirmou que, até 2020, São Paulo será a metrópole com a maior rede pública de Wi-Fi da América Latina. De acordo com a América Net, a capital paulista conta hoje com 120 pontos de acesso dispostos nas praças e parques, rede que faz com que a administração municipal desembolse R$ 12 milhões ao ano.

Com a expansão da rede de conectividade, São Paulo terá 621 pontos de acesso livre e gratuito à internet, incluindo equipamentos públicos e pontos turísticos, sem onerar os cofres públicos. Em janeiro, Pelosini havia explicado que o programa WiFi Livre SP mudou a forma de contratação e que, em vez da prefeitura fazer a contratação do serviços, com pagamento mensal pelo serviços de Wi-Fi, as empresas credenciadas prestam serviços sem ônus para a prefeitura. Em contrapartida, podem vender espaços publicitários, por exemplo, fazendo com que o usuário tenha de assistir a um vídeo ou ver um anúncio antes de navegar. A America Net se credenciou para todos os pontos — anteriormente, atuava em 60 deles.

Dos pouco mais de 600 pontos de acesso, a metade foi direcionada para regiões de vulnerabilidade social, com objetivo de promover a democratização do acesso à internet e a inclusão digital. Segundo a empresa, os 120 pontos já existentes estão passando por modernização, de forma escalonada, para aumentar a qualidade da navegação e da abrangência do sinal. Destes, 36 estão localizados na Zona Leste da cidade. Na nota oficial, Daniel Annenberg, secretário municipal de inovação e tecnologia, destacou que a prefeitura propôs um modelo de financiamento pelo setor privado que economiza recursos públicos e assegura internet de qualidade para todas as regiões.
 
O programa de Expansão WiFi Livre SP está dividido em duas fases. A primeira, que teve início em março e está em andamento, vai modernizar os 120 pontos já existentes. A segunda fase tem início a partir de julho, quando se iniciam as instalações de novos pontos em larga escala. Novos pontos podem ser criados ainda na primeira fase. O acompanhamento do cronograma pode ser feito pelo endereço bit.ly/1rwvDvx
 

Com a modernização, a empresa credenciada deverá garantir que a abrangência do sinal cubra, no mínimo, 50% da área de parques e CEUs e 70% das demais localidades, medidas nas faixas de frequências de 2,4 GHz e 5 GHz. Além disso, a Prefeitura de São Paulo atualizou os requisitos tecnológicos para acompanhar novos padrões de wi-fi.

As especificações do programa estabelecem que cada usuário conectado terá uma conexão individual e efetiva de, no mínimo, 512kbps. A conexão segue requisitos de estabilidade, qualidade e cobertura e é suficiente para assistir vídeos, baixar arquivos, fazer videochamadas, realizar cursos online e navegar rapidamente pela internet. Qualquer usuário com smartphone, tablet ou notebook e que possua um chip de celular ativo pode acessar a rede.


Com a nova modelagem de conexão, será necessário incluir o número de telefone para que o usuário seja autenticado na rede WiFi Livre SP. O sistema vai enviar um código temporário que deverá ser inserido no campo solicitado da tela de início. Após o usuário se autenticar na rede WiFi Livre SP, aparecerá um anúncio publicitário. O usuário poderá pular a publicidade após dez segundos de exibição. A cada meia-hora de navegação, o usuário deverá se autenticar novamente. O uso da internet continua sendo livre e gratuito.

Segundo a empresa, a neutralidade da rede é uma premissa do projeto. O cidadão pode acessar qualquer site de seu interesse, inclusive redes sociais, e-mail, compartilhamento de vídeos, downloads e uploads.  Em nota, a Prefeitura de São Paulo, assim como a parceira America Net, afirmaram que não coletam nenhum tipo de dado pessoal durante a navegação. Os dados pessoais dos usuários são invioláveis e as regras do projeto reafirmam essa garantia com respeito à Lei do Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados.

Essa situação só será alterada em caso de ordem judicial. Os únicos dados analisados são aqueles que dizem respeito ao controle da qualidade do serviço, como velocidade de conexão, usuários simultâneos, consumo total de banda e pontos de acesso, por exemplo. São dados cuja captura não interfere na privacidade da navegação, servindo para que a prefeitura dimensione o serviço de acordo com o uso verificado em cada localidade.

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