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Anatel abre processo para limitar WiFi 6E no Brasil

Sem qualquer anúncio, a Anatel deu a largada no processo de revisão da decisão tomada em 2020, quando definiu o uso de toda a faixa de 6 GHz para equipamentos não licenciados, o que significa de uso para o WiFi 6E. 

Uma consulta pública aberta nesta quarta, 29/5, prevê que os equipamentos que desde então estão autorizados a operar entre 5.925 MHz e 7.125 MHz, sejam limitados a 5.925 MHz a 6.425 MHz, uma perda de 700 MHz de frequência. A consulta recebe contribuições até 6/8. 

A medida avança na ideia de rever a decisão anterior, que já fora sinalizada pela agência, embora se antecipe à deliberação em escala global na União Internacional de Telecomunicações. 

Ao tratar da consulta, a Anatel justifica que “existem movimentos de padronização internacional para destinação dos 700 MHz superiores da faixa (6.425 MHz a 7.125 MHz) para utilização pelos sistemas de telefonia móvel”.

Embora a agência reconheça, com dados de abril de 2024, que existem “179 Transceptores de radiação restrita já certificados e homologados e com capacidade para operação na faixa de radiofrequências de 5.925 MHz a 7.125 MHz”,  pretende limitar a frequência disponível a esses equipamentos para atender as operadoras de telefonia móvel. 


Segundo a Anatel, “foram recebidas contribuições que indicam possível disponibilidade de equipamentos na faixa de 6.425 MHz a 7.125 MHz com tecnologia 5G ou superior em até 3 anos”.

Ainda de acordo com a Anatel, “alguns equipamentos homologados no Brasil possuem capacidade para atualização remota e automática de seu firmware/software, indicando a possibilidade de que atualizações automáticas sejam realizadas nos dispositivos distribuídos no mercado nacional”. 

E conclui que “pretende-se com a medida exigir que os pontos de acesso homologados pela Anatel e operem na faixa entre 5.925 MHz e 6.425 MHz e que disponham de funcionalidade de atualização automática e remota de seu firmware, caso o cenário regulamentar de uso do espectro sofra atualizações”.

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