Dados mais recentes divulgados pela Anatel sobre o desempenho econômico-financeiro do setor de telecomunicações mostram que a receita líquida do serviço móvel pessoal cresceu 38% desde 2020 até o terceiro trimestre de 2024. Em valor, passou de R$ 16,62 bilhões para R$ 22,9 bilhões.
Ao longo desse período, o tráfego de dados mais do que dobrou, crescendo de 2,21 GB por usuário para 5,48 GB. Esse aumento foi ainda mais significativo na banda larga fixa, que viu o consumo médio por usuário passar de 175 GB para 325 GB. Na banda larga fixa, no entanto, as receitas cresceram bem menos, de R$ 6,37 bilhões para R$ 7,01 bilhões.
Os dados da Anatel mostram que, apesar do crescimento acumulado do consumo de dados móveis, ao longo de 2024 esse volume na verdade caiu, de aproximadamente 6 GB por usuário para os já mencionados 5,48 GB.
Os dados são especialmente relevantes diante de uma iminente proposta da Anatel para atender o pleito das teles pelo estabelecimento de uma taxa extra pelo uso de rede de grandes provedores de conteúdo como Google, Meta, Amazon e Netflix.
Já os investimentos no serviço móvel pessoal registrados no fim de 2024 estão no mesmo patamar do fim de 2020, um pouco acima dos R$ 3,3 bilhões. E a curva apresentada pela Anatel indica que eles se mantém razoavelmente constantes no período, com exceção do incremento significativo para a compra de radiofrequências para o serviço 5G, quando ultrapassaram os R$ 16 bilhões.
