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Governo Digital rejeita pressa para atualizar sites ao IPv6

SGD diz que conversa com Anatel mas descarta prazo

O governo federal reagiu à decisão da Anatel de retomar o grupo de trabalho para incentivar a migração ao IPv6 e alega que não pode ser tratado como atraso uma meta que não tem prazo para ser cumprida.

Em resposta a esta Convergência Digital, “a Secretaria de Governo Digital (SGD) /MGI considera que não é cabível falar em atraso, uma vez que no âmbito do governo federal não existe cronograma ou norma que estabeleça prazos para os órgãos e entidades adaptarem seus sítios e sistemas na internet para o IPv6”.

Na semana passada, o Conselho Diretor da Anatel decidiu reativar o grupo criado em 2014 para estimular que as redes de telecomunicações estivessem preparadas para a versão mais recente do protocolo de endereço na internet.

O movimento foi importante porque naquele mesmo ano, portanto há uma década, foram esgotados os endereços IPv4 disponíveis na América Latina. Desde então, diferentes gambiarras tentam dar conta do crescimento contínuo de dispositivos conectados. O CGNAT, que compartilha IPs, é o mais comum.

Mas, em tempos de cibercrime disseminado, o recurso é um problema para a efetiva identificação – e consequente responsabilização – por ataques e fraudes. E essa foi uma das demandas que levaram a Anatel a recriar o GT IPv6.


Os sites de governo merecem especial atenção porque em todos os níveis – federal, estadual e municipal – são os mais atrasados, como apontado em um levantamento do NIC.br em 2023: “Praticamente nenhum site do governo federal ou de governos estaduais estão funcionando com IPv6”, concluiu o levantamento.

Segundo o Ministério da Gestão, “a SGD está em contato com a Anatel sobre possíveis de medidas de incentivo da adoção do IPv6, precedidas de real diagnóstico da situação atual e de estudo de impacto e benefícios”.

Informa a pasta que “o Autodiagnóstico anual do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação – SISP, que iniciou em 21/10, contém questões específicas sobre a adoção do IPv6. Após os resultados do Autodiagóstico, será possível conhecer a situação atual e planejar possíveis medidas”.

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