Racha ameaça taxa europeia sobre internet
Irlanda, Suécia, Dinamarca e Finlândia avisaram nesta sexta, 30/11, em reunião de diplomatas do bloco europeu, que não vão apoiar a criação de um imposto sobre grandes empresas da internet, como Google e Facebook, enquanto Alemanha e Reino Unido sustentaram a necessidade de mais tempo para negociar. Em princípio, os países teriam até o fim do ano para chegar a um consenso.
A resistência de parte dos países da União Europeia significa que não haverá como aprovar o imposto, que é fortemente defendido por países como a França e tem apoio da Áustria, que este ano ocupa a presidência rotativa do bloco. Para ser aprovado, o imposto sobre a internet exige unanimidade dos 28 países da UE.
A proposta à mesa foi apresentada pela Comissão Europeia e prevê a incidência em todos os países da União Europeia de uma taxa de 3% sobre as receitas digitais das grandes empresas, ou assim consideradas aquelas com receitas superiores a 7 milhões de euros anuais dentro do bloco.
Em princípio, o plano previa um acordo final a ser fechado na reunião dos ministros de finanças dos países do bloco a ser realizada em 4 de dezembro – mas os sinais são de que não haverá sucesso. Segundo o governo da França, “serão necessárias mais algumas semanas de conversas”.
O argumento pela taxa uniforme é impedir tratamentos distintos no bloco, uma vez que Itália, Espanha e Reino Unido já têm projetos nessa linha e outros oito países da União Europeia estariam estudando adotar medidas semelhantes nos próximos meses.
* Com informações da Reuters