Algoritmos, Inteligência Artificial e a gestão da saúde
A adoção de modelos preditivos é de grande valia para antever e enfrentar pandemias, além de combater fake news, como ficou provado ao se usar a inteligência artificial no combate à Covid-19.
As adoções de modelos preditivos e de algoritmos inteligentes são de grande valia para antever e enfrentar pandemias, além de combater fake news, como se debateu em seminário, produzido pela FAPESP em parceria com o Global Research Council (GRC), para abordar inteligência artificial no contexto do enfrentamento da Covid-19.
Solange Rezende, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP), em São Carlos, contou como, em 2020, quando ainda se sabia muito pouco sobre a dinâmica da pandemia, seu grupo trabalhou no enriquecimento dos modelos preditivos.
Isso se deu pela incorporação, às bases de dados, de informações colhidas em notícias da mídia, relatórios, boletins, redes sociais e outras fontes. Para tanto, foi adotada uma ferramenta de inteligência artificial chamada de “extrator de atividades nomeadas”.
Segundo publicou a Agência Fapesp, as notícias, coletadas em plataformas altamente seletivas e protegidas das fake news, eram rastreadas o tempo todo e a mineração possibilitava fazer a desambiguação dos termos encontrados e identificar, georreferenciar e relacionar os eventos. Com base nisso, foram estabelecidos padrões de evolução das curvas de contágio e construídos modelos, ajustados diariamente, com a previsão do que iria acontecer nos próximos sete dias.
A descoberta de novos fármacos por meio da inteligência artificial será útil para abreviar e baratear um processo que, tradicionalmente, é caro e pode demorar até 15 anos ou mais, conforme explicou Carolina Horta Andrade, da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (FF-UFG). O seminário “Inteligência artificial e COVID-19” está disponível on-line. E pode ser acessado na íntegra em: www.youtube.com/watch?v=vKJMuWz2IpA