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Com uso de Blockchain, MEC lança Diploma Digital

O Ministério da Educação lançou nesta quarta, 16/12, o Diploma Digital. A solução, que faz uso de Blockchain e validação por certificado digital, começa em duas universidades federais, da Paraíba e Rio Grande do Norte, mas deve ser estendida para as demais até o fim de 2021. 

O foco inicial são os novos diplomas – são 250 mil formandos por ano só nas instituições federais de ensino superior – mas a perspectiva é que em uma próxima etapa sejam ‘digitalizados’ os documentos já emitidos, segundo indicou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, durante a cerimônia de lançamento. 

“Essa primeira etapa inaugurada hoje será concluída até o final de 2021, abrangendo todas as instituições federais de educação superior, sendo 69 universidades federais e 41 instituições da rede federal de educação profissional e tecnológica. Redução do tempo e do custo, maior segurança e garantia de autenticidade são os benefícios práticos”, afirmou. 

O Diploma Digital foi desenvolvido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, RNP, e faz parte de um projeto que inclui dois ambientes eletrônicos, a serem lançados no próximo ano, um para validação de documentos das instituições de ensino superior, no qual será possível conferir a autenticidade dos diplomas; outro para apresentação de históricos acadêmicos. Mas como adianta o MEC, o prazo para isso vai depender do desempenho de cada uma das instituições. 

“Em seguida vamos colocar esse serviço de emissão e preservação digital dos documentos. Eles poderão ser verificados por qualquer pessoa por meio de uma plataforma de validação e isso vai permitir não só a segurança para o exercício de todas as profissões e competências, mas também a preservação. E é muito mais barato fazer dessa forma se fizermos em conjunto. A escala vai permitir ser acessível a todas as instituições”, afirmou o presidente da RNP, Nelson Simões. 


Segundo explica o subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do MEC, André Castro, todos esses ambientes estão inseridos em um projeto ainda mais amplo, de criação de um ‘datalake educacional’. Como aponta, foi utilizada solução em Blockchain para criação de rede forte de integridade de informações, primando pelo lastro fiel e adequado nos processos de geração e anulação de diplomas, com múltiplas camadas de tecnologia para reconhecimento e validação do diploma: documento XML, QR Code e identificador único. Adicionalmente, serão criadas camadas de serviços e integrações para permitir automatização de processos com outros ferramentas, a exemplo da plataforma LATTES. 

“Esse projeto gera um marco na educação e na tecnologia aplicada à educação. Utilizar tecnologias emergentes como Blockchain, computação em nuvem, automação de processos, em prol da transformação digital é um item prioritário da área de Tecnologia do MEC. Aliar parceiros externos capazes e competentes, como a RNP, e áreas de negócio que possuem visões diferenciadas e dispostas a inovar com uso tecnologia, faz com que criemos oportunidades contínuas do aprimoramento da Educação no país”, afirma Castro. 

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